Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/88765
Title: O respeito à economia da vida e as pedagogias ecofeministas. Reflexões sobre a prática da agroecologia e do hamutuk
Other Titles: El respeto por la economía de la vida y las pedagogías ecofeministas. Reflexiones sobre la práctica de la agroecología y del hamutuk
The respect for the economy of life and ecofeminist pedagogies. Reflections on the practices of agroecology and hamutuk
Authors: Cunha, Teresa 
Valle, Luísa de Pinho
Keywords: Pedagogia ecofeminista; Ecologia de saberes; Economias da vida; Hamutuk; Agroecologia; Pedagogía ecofeminista; Ecología de saberes; Economías de la vida; Hamutuk; Agroecología; Ecofeminist pedagogies; Ecology of knowledges; Economies of life; Hamutuk; Agroecology
Issue Date: 2019
Publisher: Universidad Nacional de General Sarmiento
Serial title, monograph or event: Otra Economía
Volume: 12
Issue: 22
Place of publication or event: Buenos Aires
Abstract: Vincular a economia à vida implica reconhecer a interdependência entre humanidade, sociedade e natureza; além da compreensão de que a vida humana e não-humana é finita. O capitalismo contemporâneo fomentou práticas patriarcais-coloniais: um eco-apartheid que inflige uma guerra permanente e anti-democrática contra a terra, as pessoas, em particular as mulheres para garantir a acumulação do capital. Em resposta a esse arcabouço sistêmico do racionalismo instrumental moderno, analisaremos pedagogias ecofeministas que sustentam a inexistência de um abismo ontológico entre seres humanos e natureza, e também demonstram a indivisibilidade da vida, assim como, a coexistência de outras epistemologias e práticas de organização socioeconômica e política com potencialidades efetivas de transformação social e epistemológica. Afirmamos que as alternativas são sempre situadas, por isso, refletiremos sobre as experiências e os conhecimentos de mulheres agricultoras no Brasil, especificamente no Polo da Borborema, estado da Paraíba e as que praticam o hamutuk que é uma prática ancestral de trabalho cooperativo e intercomunitário em Timor-Leste, nomeadamente na prática da agricultura. Estas experiências, fortemente contextuais, incluem formas de transmissão de conhecimentos e de práticas que, a nosso ver, devem ser consideradas pedagogias ecofeministas sobre a gestão e conservação sustentável da vida individual-coletiva e do ecossistema donde vivem. Metodologicamente ancoramos este trabalho no conceito de corazonar (Guerrero Arias, 2010) que é um esforço de descolonização do pensamento que articula as dimensões afetivas, éticas, políticas e racionais na produção de conhecimento. Neste texto combinamos a reflexão teórica através de uma análise crítica da literatura, e os laços construídos ao longo de três décadas de convívio com a matriarca Mina Bessa e a comunidade de Eluli no distrito de Maubara, em Timor-Leste. Este convívio baseado nos afetos, nos vínculos interpessoais e comunitários, na observação-participante e nas reflexões partilhadas nas muitas conversas tem sido a matriz desta produção de conhecimento.
Vincular la economía con la vida implica reconocer la interdependencia entre humanidad, sociedad y naturaleza, además de la comprensión que la vida humana y no-humana es finita. El capitalismo contemporáneo fomentó reiteradamente prácticas patriarcales-coloniales: un eco-apartheid que inflige una guerra permanente y anti-democrática contra la tierra y las personas -en particular las mujeres-, para garantizar la acumulación del capital. En respuesta a ese marco sistémico del racionalismo instrumental moderno, analizaremos cómo las pedagogías ecofeministas sostienen, por un lado, la inexistencia de un abismo ontológico entre humanos y naturaleza. Por otro lado, demuestran la indivisibilidad de la vida, así como la coexistencia de otras epistemologías y prácticas de organización socioeconómica y política que abren perspectivas con potencialidades efectivas de transformación social y epistemológica. Afirmamos que las alternativas están siempre situadas, y así, reflexionamos sobre las experiencias y los conocimientos de las mujeres agricultoras en Brasil, específicamente en el Polo de Borborema, estado de Paraíba; y el hamutuk que es una práctica ancestral de trabajo cooperativo e intercomunitario en Timor Oriental, especialmente en la práctica de la agricultura. Estas experiencias fuertemente contextuales incluyen formas de transmisión de conocimientos y prácticas que de nuestro punto de vista deben ser consideradas pedagogías ecofeministas sobre la gestión y conservación sostenible de la vida individual-colectiva y del ecosistema que habitan. Metodológicamente basamos este trabajo en el concepto de corazonar (Guerrero Arias, 2010) que es un esfuerzo de descolonización del pensamiento involucrando expresamente las dimensiones afectivas, éticas, políticas y racionales en la producción del conocimiento. Combinamos la reflexión teórica a través de un análisis crítico de la literatura y los lazos construidos durante tres décadas de convivencia con la matriarca Mina Bessa y la comunidad de Eluli en el distrito de Maubara (Timor Oriental). Esta convivencia basada en los afectos, los vínculos inter-personales y comunitarios, en la observación-participante y en las reflexiones compartidas en muchas conversaciones ha sido la matriz de esta producción de conocimiento.
Linking the economy with life implies recognizing the interdependence between humanity, society and nature, in addition to the understanding that human and non-human life is finite. Contemporary capitalism repeatedly promoted patriarchal-colonial practices: an eco-apartheid that inflicts a permanent and anti-democratic war against land and people - particularly women - to guarantee the accumulation of capital. In response to that systemic framework of modern instrumental rationalism, we will analyze how ecofeminist pedagogies sustain, on the one hand, the non-existence of an ontological abyss between humans and nature. On the other hand, they demonstrate the indivisibility of life, as well as the coexistence of other epistemologies and practices of socio-economic and political organization that open perspectives with effective potential for social and epistemological transformation. We affirm that the alternatives are always located, and thus, we reflect on the experiences and knowledge of women farmers in Brazil, specifically at the Polo of Borborema, state of Paraíba; and the hamutuk which is an ancestral practice of cooperative and inter-community work in East Timor, especially in the practice of agriculture. These strongly contextual experiences include ways of transmitting knowledge and practices that from our point of view should be considered ecofeminist pedagogies on the management and sustainable conservation of individual-collective life and the ecosystem they inhabit. Methodologically, we base this work on the concept of corazonar (Guerrero Arias, 2010), which is an effort to decolonize thought, expressly involving affective, ethical, political and rational dimensions in the production of knowledge. We combine theoretical reflection through a critical analysis of literature and the bonds built during three decades of living with the matriarch Mina Bessa and the community of Eluli in the district of Maubara (East Timor). This coexistence based on affections, inter-personal and communitarian ties, on participant observation and on the reflections shared in many conversations has been the matrix of this knowledge production.
URI: https://hdl.handle.net/10316/88765
ISSN: 1851-4715
Rights: openAccess
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