Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/86270
Title: Estimativa da idade através do racio área polpar/área do dente numa amostra de esqueletos de escravos Africanos (Lagos, Portugal)
Other Titles: Age estimation by pulp/tooth ratio in a skeletal sample of African slaves (Lagos, Portugal)
Authors: Rodrigues, Catarina Almeida 
Orientador: Ferreira, Maria Teresa dos Santos
Wasterlain, Rosa Sofia da Conceição Neto
Keywords: idade dentária; método de Cameriere; dentina secundária; caninos; séculos XV-XVII; dental age; Cameriere’s method; secondary dentin; canines; 15th-17th centuries
Issue Date: 26-Feb-2018
Serial title, monograph or event: Estimativa da idade através do racio área polpar/área do dente numa amostra de esqueletos de escravos Africanos (Lagos, Portugal)
Place of publication or event: Departamento de Ciências da Vida
Abstract: A estimativa da idade em restos esqueléticos continua a ser uma das questões mais complexas para os antropólogos. De todas as partes do corpo os dentes são das provas físicas mais duradouras da existência de um indivíduo após a morte, o elevado grau de mineralização e a resistência clara aos processos tafonómicos, ao contrário do esqueleto, fazem dos dentes e, em particular, da histologia dentária, uma das mais importantes ferramentas para a estimativa da idade à morte em indivíduos adultos, nomeadamente em contexto arqueológico. Dos métodos atualmente disponíveis para a estimativa da idade à morte com base nos dentes, a avaliação da aposição de dentina secundária em imagens radiológicas periapicais dos caninos é uma técnica relativamente simples, económica e não destrutiva.A deposição de dentina secundária – processo contínuo e regular – tem sido utilizada como um indicador de idade, especialmente desde 2004 com os estudos de Cameriere e colaboradores em que é utilizado o rácio área polpar/área do dente, com particular ênfase nos caninos. A aplicabilidade deste método tem demonstrado ser vasta, tanto em casos arqueológicos (Rollo et al., 2005; Cameriere et al., 2006; De Luca et al., 2010; Fabbri et al., 2015), como em indivíduos vivos (Cameriere e Ferrante, 2011; Jeevan et al., 2011).O objetivo deste trabalho foi estimar a idade à morte de uma amostra de indivíduos adultos de origem africana recuperados em 2009 num depósito de lixo urbano, datado dos séculos XV-XVII, no Valle da Gafaria (Lagos, Portugal), utilizando o método desenvolvido por Cameriere et al. (2007a, b) para os caninos e comparar as idades dentárias obtidas com as idades estimadas a partir do esqueleto pós-craniano por Ferreira et al. (em preparação).Foi selecionada uma amostra de 69 caninos 69 caninos permanentes (38 superiores e 31 inferiores) bilaterais (36 direitos e 33 esquerdos), pertencentes a um total de 39 indivíduos adultos. No caso dos indivíduos com pelo menos um canino superior e um canino inferior (n = 13) foi também possível estimar a idade com base em dois caninos. As estimativas da idade dentária a partir de um canino e com base em dois caninos foram comparadas com as estimativas da idade óssea (Ferreira et al., em preparação). A percentagem de concordância entre a idade dentária estimada a partir de um canino e a idade óssea foi de apenas 57,8%. No entanto, quando se comparou a idade dentária com base em dois caninos, a percentagem de concordância subiu para 76,9%.No geral, verificou-se uma tendência clara para a idade dentária ser superior à estimativa da idade com base no esqueleto pós-craniano, resultados que vão ao encontro de outros estudos semelhantes. Ao analisar-se a concordância da idade dentária estimada através de um canino com a idade óssea em relação ao sexo foi possível verificar que nos 14 casos (42,4%) em que a idade dentária e a idade óssea não são concordantes, 13 correspondem a indivíduos do sexo feminino, o que pode dever-se a uma amostra reduzida e a um número de indivíduos do sexo masculino (n = 10) muito inferior ao número de indivíduos do sexo feminino (n = 23).Finalmente, foi possível obter uma estimativa da idade dentária para os seis indivíduos da amostra (25, 57, 76, 109, 123 e 131) cuja idade não foi possível estimar por Ferreira et al. (em preparação).No global, os resultados do presente estudo demonstram as vantagens da utilização do rácio área polpar/área do dente enquanto indicador de idade à morte e a sua aplicabilidade em contextos arqueológicos, em especial, quando combinado com outros indicadores do esqueleto pós-craniano (Ferreira et al., em preparação), permitindo uma análise mais completa da população em estudo.
Estimation of age in skeletal remains continues to be one of the most complex questions for the anthropologists. Of all body parts teeth are the most enduring physical evidence of an individual’s existence after death. The higher degree of mineralization and resistance to taphonomic processes in comparison to those of the skeleton, makes teeth and dental histology particularly valuable tools for estimating the age-at-death in adults in an archaeological context. Of the currently available methods to estimate age-at-death based on teeth, secondary dentin apposition evaluation on peri-apical radiological images of canines is a relatively simple, unexpensive and non-destructive technique.Secondary dentin apposition is a continuous and regular process which has often been used as an age indicator, especially since 2004 with the studies by Cameriere et al. where the pulp/tooth area ratio has been used particularly in canines. The applicability of this method has proven to be extensive, both in archaeological context (Rollo et al., 2005; Cameriere et al., 2006; De Luca et al., 2010; Fabbri et al., 2015) and living individuals (Cameriere e Ferrante, 2011; Jeevan et al., 2011).The aim of this study was to estimate the age-at-death of adult individuals from a sample of African origin recovered in 2009 from a deposit of urban waste dating from the 15th–17th centuries in Valle da Gafaria (Lagos, Portugal), using the method developed for the canines by Cameriere et al. (2007a, b), and comparing the obtained dental ages with the estimated ages from the postcranial skeleton by Ferreira et al. (in preparation).A sample of 69 bilateral (36 right and 33 left) permanent canines (38 upper and 31 lower), belonging to 39 adults, was analyzed. In thirteen individuals, who had at least one upper canine and one lower canine, the age-at-death was also estimated based on two canines. The agreement between dental (based on one canine) and skeletal age was 57.8%. When comparing dental age based on two canines with the skeletal age, the percentage of agreement rose to 76.9%.In general, there was a tendency for the dental age to be higher than postcranial skeletal age, which is in accordance to other studies. When analyzing the agreement between age estimated on the basis of one canine with the skeletal age, and regarding sex, it was possible to verify that in the 14 cases (42.4%) where dental age didn’t agree with skeletal age, 13 were females, which may be due to the small size of the sample and/or to the lower number of males (n = 10) in relation to females (n = 23). Finally, it was possible to estimate dental age of the six individuals (25, 57, 76, 109, 123 and 131) whose age could not be estimated by Ferreira et al. (in preparation).Overall, the results of the present study demonstrate the advantages of using the pulp/tooth ratio as an age-at-death indicator, and its applicability in archaeological contexts, especially when combined with other skeletal indicators (Ferreira et al., in preparation), allowing a more complex analysis of the population under study.
Description: Dissertação de Mestrado em Evolução e Biologia Humanas apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia
URI: https://hdl.handle.net/10316/86270
Rights: openAccess
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