Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/838
Title: Caracterização do componente vascular da barreira hemato-retiniana: Estudos de microperfusão de arteríolas retinianas em coelhos normais e diabéticos
Authors: Murta, Joaquim Carlos Neto 
Keywords: Cirurgia (Oftalmologia)
Issue Date: 1990
Citation: MURTA, Joaquim Carlos Neto - Caracterização do componente vascular da barreira hemato-retiniana: Estudos de microperfusão de arteríolas retinianas em coelhos normais e diabéticos. Coimbra, 1990
Abstract: A Barreira Hemato-Retiniana (BHR) está localizada em 2 níveis - o epitélio pigmentado da retina e as células endoteliais dos vasos da retina, constituindo as chamadas Barreira Hemato-Retiniana Interna e Barreira Hemato-Retiniana Externa. Se bem que estas duas barreiras apresentem características comuns, os seus pormenores morfológicos, bioquímicos e, em suma, as suas funções são bem diferentes. Grande parte dos trabalhos estudando a permeabilidade e os mecanismos de transporte através da BHR referem-se, geralmente, à BHR como um todo, incluindo a externa e a interna, pouco se sabendo acerca da contribuição relativa de cada um dos seus componentes. Desenvolvemos um modelo experimental novo que nos permite estudar directamente in vitro a permeabilidade do componente vascular da Barreira Hemato-Retiniana quer em condições normais quer na diabetes experimental, através da utilização de técnicas de microperfusão adaptadas de estudos em túbulos renais, nas quais procedemos a ligeiras modificações. A aplicação desta metodologia à fisiologia vascular tem sido limitada em virtude, fundamentalmente, de problemas anatómicos relacionados com a dificuldade de isolamento de pequenos segmentos vasculares. Os vasos retinianos do coelho parecem ser particularmente apropriados para este tipo de estudo pois assentam directamente sobre a camada de fibras nervosas da retina, estando as suas paredes completamente livres de tecido glial em seu redor e em contacto directo com o vítreo, tornando possível a sua dissecção manual. Assim demonstrámos: 1 - A existência de um movimento uni-direccional de fluoresceína através dos vasos da retina, de fora para dentro do seu lúmen, aparentemente devido a um processo mais geral de transporte activo de aniões orgânicos; 2 - A existência de um fluxo de fluido de fora dos vasos para o seu lúmen; 3 - A dependência do fluxo de fluido em relação à fluoresceína e possivelmente em relação ao sistema mais geral de transporte de aniões orgânicos. Este fluxo de fluido também é dependente da temperatura; 4 - O transporte activo de fluoresceína aparece diminuído nas arteríolas de animais diabéticos, indicando uma alteração da permeabilidade nas suas paredes; 5 - A existência de um transporte de D-glicose do lúmen dos vasos retinianos para o banho, saturável e parcialmente inibido pela floretina; 6 - O fluxo de D-glicose, do lúmen dos vasos para o banho, encontra-se significativamente aumentado em arteríolas diabéticas e a floretina deixa de exercer uma acção inibitória. Este modelo experimental de microperfusão de segmentos vasculares da retina desenvolvido por nós, abre pois perspectivas extremamente interessantes na investigação da fisiologia e farmacologia dos vasos da retina, quer em situações normais quer em situações patológicas experimentais, bem como na manipulação farmacológica da retinopatia diabética.
URI: https://hdl.handle.net/10316/838
Rights: embargoedAccess
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