Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/82608
Título: Epidemiologia, seguimento e recidiva do Carcinoma de Células Renais localizado: estudo observacional
Outros títulos: Epidemiology, follow-up and recurrence of localized Renal Cell Carcinoma: an observational study
Autor: Cardoso, Andreia Filipa dos Santos 
Orientador: Figueiredo, Arnaldo José Castro
Marconi, Lorenzo Serra de Oliveira
Palavras-chave: Carcinoma de células renais; Epidemiologia; Tratamento; Seguimento; Recidiva; Carcinoma, Renal Cell; Epidemiology; Therapeutics; Follow-up; Recurrence
Data: 30-Mai-2017
Título da revista, periódico, livro ou evento: Epidemiologia, seguimento e recidiva do Carcinoma de Células Renais localizado: estudo observacional
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: Introdução: A incidência do carcinoma de células renais (CCR) localizado tem vindo progressivamente a aumentar, estimando-se que 20 a 30% dos doentes desenvolverão metástases à distância ou recidiva local, durante o seguimento após tratamento radical. O objetivo primordial do seguimento pós-operatório é o diagnóstico da recidiva num estadio precoce, enquanto passível de terapêuticas curativas locais, pois no caso de recidivas extensas os tratamentos sistémicos disponíveis são apenas paliativos. Neste estudo, para além de analisarmos a epidemiologia do CCR e estratégias de seguimento pós tratamento radical do CCR localizado, investigamos os padrões e tratamento das suas recidivas.Materiais e métodos: Neste estudo retrospetivo incluímos os doentes com CCR localizado submetidos a nefrectomia entre 01/01/2006 e 31/12/2011 no Serviço de Urologia e Transplantação Renal dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Recolhemos dados sociodemográficos, do tumor primário, seguimento pós operatório e recidiva neoplásica.Resultados: De entre 184 doentes, com um seguimento médio de 59,70 meses, detetou-se recidiva em 16,3% (n=30). No global, 10 casos foram considerados “potencialmente curáveis”, e o tempo médio até à sua deteção foi de 42,60 meses, sendo de 21,16 meses na doença “provavelmente incurável”. Nos tumores de alto risco de Leibovich 80,0% das recidivas foram “provavelmente incuráveis”, enquanto que nos de baixo risco 75,0% foram “potencialmente curáveis” (p=0,021). Realizaram-se 10 metastasectomias completas, encontrando-se 5 doentes vivos sem doença após 44 (5–81) meses. A morte por CCR (n=20) ocorreu 11,26 (1–34) meses após a deteção da recidiva.Conclusão: O elevado número de CCR cromófobos e no estadio pT1 poderão contribuir para a baixa taxa de recidivas detetadas. Contudo, não descartamos a possibilidade de sub-deteção por utilização de esquemas de seguimento menos intensivo. Os tumores com características mais agressivas recidivaram mais, mais precocemente, e associaram-se a doença “provavelmente incurável”, sintomática e com mau prognóstico, verificando-se o oposto nos CCR de baixo risco de Leibovich. Deste modo, questionamos se o seguimento do CCR de alto risco será benéfico atualmente, já que as suas recidivas apresentam reduzida probabilidade de cura, e se a vigilância dos tumores de baixo risco deveria ser mais prolongada. Reforçamos assim a clara necessidade de estudos de eficácia comparada, tal como o do consórcio da EAU para o qual contribuímos, e cujos resultados aguardamos na expetativa de que auxiliem a esclarecer estas questões.
Background: The incidence of localized renal cell carcinoma (RCC) has been gradually increasing, and it is estimated that 20 to 30% of patients will develop distant metastases or local recurrence, during follow-up (FU) after radical treatment. The main goal of postoperative FU is the diagnosis of recurrence at an early stage, while curative local therapies are still feasible, once that for extensive relapses the available systemic treatments are just palliative. In this study, apart from analyzing the epidemiology of RCC and FU strategies after radical treatment of the localized RCC, we also investigated the patterns and treatment of their recurrences.Methods: In this retrospective study we included patients with localized RCC undergoing nephrectomy between 01/01/2006 and 31/12/2011 at the Serviço de Urologia e Transplantação Renal in Hospitais da Universidade de Coimbra. We collected data on sociodemographic characteristics, and about the primary tumor, FU and recurrences.Results: Among 184 patients, followed during a mean of 59.70 months, we detected recurrence in 16.3% (n=30). In general, 10 cases were considered “potentially curable” and were detected after a mean of 42.60 months, versus 21.16 months for “probably incurable” disease. In Leibovich high-risk tumors, 80.0% of the recurrences were “probably incurable”, whereas in the low-risk group, 75.0% were “potentially curable” (p=0,021). Of 10 complete metastasectomies performed, 5 patients were alive without RCC after 44 (5–81) months. Death caused by the disease (n=20) occurred 11.26 (1–34) months after the detection of the recurrence.Conclusion: The high prevalence of chromophobe and pT1 stage RCC may contribute to the low recurrence rate verified. However, we do not rule out the possibility of under-detection due to the use of less intensive FU schemes. Tumors with more aggressive features relapsed more, earlier, and were associated with “probably incurable” disease, which was symptomatic and had poor prognosis, while we verified the opposite in Leibovich low-risk tumors. Thus, we question whether the FU of high-risk RCC is beneficial nowadays, since its recurrences present a reduced probability of cure, and if the FU of low-risk tumors should be longer. Therefore, we reinforce the clear need for comparative effectiveness studies, such as the one of the EAU consortium to which we contributed, and whose results we look forward to in order to clarify these issues.
Descrição: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82608
Direitos: embargoedAccess
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