Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/82347
Title: Comparar a adesão terapêutica entre fármacos injetáveis e orais em doentes com Esclerose Múltipla em Portugal: estudo retrospetivo
Other Titles: Comparison of adherence to injectable and oral disease-modifying drugs among patients with multiple-sclerosis in Portugal: a retrospective cohort study
Authors: Portugal, Mafalda Proença da Cunha Carvalho 
Orientador: Correia, Inês Martins Malva
Sousa, Livia Maria Abreu Freire Diogo
Keywords: Estudo observacional e retrospetivo; Esclerose Múltipla Forma Surto Remissão; Tratamento; Fármacos modificadores da doença; Adesão; Relapsing-remitting Multiple Sclerosis; Treatment; disease-modifying therapies; adherence; Observational and retrospective study
Issue Date: 30-May-2017
Serial title, monograph or event: Comparar a adesão terapêutica entre fármacos injetáveis e orais em doentes com Esclerose Múltipla em Portugal: estudo retrospetivo
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: O tratamento da Esclerose Múltipla Forma Surto Remissão (EMSR) é um desafio, não só pela pluralidade de fármacos modificadores de doença (DMTs) disponíveis em formulações orais e injetáveis, mas também pela necessidade do cumprimento do regime terapêutico dado o cariz crónico da doença. Os DMTs injetáveis, mais antigos, estão associados a um melhor perfil de segurança a curto e longo prazo, com benefício demonstrado na estabilidade da doença e custo mais favorável. Têm, contudo, a desvantagem inerente às formulações injetáveis com dor e reações cutâneas no local da injeção, bem como outros efeitos sistémicos indesejáveis como a síndroma pseudo-gripal no caso dos interferões beta. Os novos fármacos orais de primeira linha têm a comodidade da via de administração, mas estão associados a efeitos secundários tais como alterações gastrointestinais e hematológicas com repercussões sistémicas. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a adesão terapêutica entre formulações injetáveis e orais em doentes com EMSR, identificando preditores de insuficiente adesão ao tratamento.Métodos: Estudo observacional, que incluiu doentes com EMSR, com idade superior a 18 anos, seguidos na consulta de Doenças Desmielinizantes, sob tratamento de primeira linha injetável ou oral, que adquirem a sua medicação nos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Após o consentimento informado, foram aplicados questionários e recolhidos dados provenientes do processo clínico e dos registos informáticos relativos aos dados demográficos, clínicos e medicação na Farmácia Hospitalar. O estudo foi previamente submetido e aprovado pela Comissão de Ética do CHUC.Resultados: Foram incluídos 60 doentes, dos quais 56.67% (n=34) estavam sob formulações injetáveis de primeira linha. A adesão global avaliada por questionário face ao cumprimento do regime terapêutico nas 4 semanas que antecederam o preenchimento do questionário foi de 85.5% (n=51), sendo que se registaram valores superiores de forma não significativa no grupo dos orais face ao dos injetáveis, de 88.46% e 82.35%, respetivamente. Bons níveis de adesão terapêutica (valores de ratio de posse de medicamento (MPR) ≥80%) foram registados em 93.33% (n=56) dos participantes, sem diferenças significativas entre grupos. Foram registados efeitos adversos associados diretamente com a administração do tratamento prescrito em cerca de 61.65% dos casos, sem diferenças significativas entre os dois grupos (67.65% no grupo de DMT injetável vs. 53.85% no grupo DMT oral, p=0.276). Conclusão: Globalmente, a adesão aos fármacos modificadores de primeira linha, tanto nas formulações injetáveis como orais, nos doentes seguidos em consulta no CHUC, é muito boa, reforçando o acompanhamento dos doentes com EMSR e a sua educação sobre a história natural da doença, a existência de expetativas realistas relativamente ao tratamento, informação e gestão dos efeitos adversos associados à terapêutica.
The long-term therapy of Relapsing-remitting Multiple Sclerosis (RRMS) can be challenging, not only due to the several disease-modifying therapies (DMTs) available but also because of the chronic nature of the disease. Self-injectable DMTs have historically been the most commonly used DMT and are associated with better safety and clinical stability profile at short and long term therapy and economic outcomes. Nevertheless, common barriers to adherence with injectable DMTs include adverse events like injection-site reactions and other systemic effects such as flu-like symptoms with Interferon beta. In recent years, newer oral DMTs have been approved for the treatment of MS and they will generate much interest because of the convenience of such administration, but common gastrointestinal and haematological adverse events with systemic repercussions are associated. The aim of this article was to compare adherence to DMTs in patients with MS treatment with an injectable versus an oral DMT and to identify which factors most influenced nonadherent behaviour.Methods: This observational database study included patients with RRMS if they were at least 18 years of age at the time of enrolment, on monotherapy with their current injectable or oral DMT, followed in Demyelinating Diseases’ appointments and who take their DMTs from the pharmacy of our hospital - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). After the local hospital ethics committee granted approval to conduct this observational study, patients received paper questionnaires regarding adherence to DMTs and data on MS patients’ demographics, clinical characteristics, disability measures and pharmacy claims data were collected.Results: The analysis included 60 patients, of whom 56.67% (n=34) were treated with first line injectable DMTs. The global adherence was measured by questionnaires based on the therapeutic regime of the previous four weeks was of 85.5% (n=51), but higher results were reported without significant differences for oral DMT compared to injectable DMT, of 88.46% and 82.35%, respectively. Good levels of therapeutic adherence (values of medication possession ratio (MPR) ≥80%) were observed in 93.33% (n=56) of the patients and did not differ significantly between groups of DMTs. Adverse events were reported in 61.65% of the patients, without significant between-treatment differences (67.65% with injectable DMTs vs. 53.85% with oral DMTs, p=0.276). Conclusions: Globally, this study has shown optimal adherence to injectable disease-modifying first-line therapies and so in oral routes of administration in patients followed in appointments in CHUC, supporting the need of the close monitoring of the patients with EM, their education about the natural history of the disease and the evidence of realistic expectations upon the current treatment, information and management of the associated adverse events.
Description: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82347
Rights: embargoedAccess
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