Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/79799
Title: Cultura e património urbanísticos de influência portuguesa na Ásia, 1503-1663
Authors: Domingues, Vera Mónica Gaspar 
Orientador: Rossa, Walter
Keywords: Urbanística; Urbanismo; Património urbanístico; Morfologia urbana; Cultura de território; Cochim; Colombo; Malaca; São Tomé de Meliapor; Macau
Issue Date: 28-Feb-2018
Citation: DOMINGUES, Vera Monica Gaspar - Cultura e património urbanísticos de influência portuguesa na Ásia, 1503-1663. Coimbra : [s.n.], 2018. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/79799
Project: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH%2FBD%2F71361%2F2010/PT 
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: Qual o processo de definição urbanística das cidades construídas pela presença portuguesa no Oriente, entre 1503 e 1663? é a questão fundamental a que esta tese se propõe dar uma resposta, com o objetivo de preencher uma das lacunas que persiste no tema do universo urbanístico português: o conhecimento cabal do elo asiático dentro da problemática da urbanística portuguesa. Entre o estabelecimento do primeiro núcleo urbano, Cochim, em 1503, e a sua capitulação para a Companhia das Índias Orientais holandesa, em 1663, enquadra-se o tempo forte da instalação dos portugueses na Ásia, decorrente da Expansão marítima. O objetivo é analisar, dentro da problemática disciplinar do urbanismo, esta fase de instalação, coincidente com a urbanização dos núcleos onde se instalou a presença portuguesa e se deu o seu alargamento para os territórios envolventes. Cidades cabeças de territórios, ancoraram em terra a rede marítima que serviu a empresa da Expansão e, em grande parte sem uma solução de continuidade, vincularam materialidades e comunidades num tempo longo, extensível ao dia de hoje. A dimensão que a Ásia urbanizada acarreta no estudo da urbanística, em particular, pelo confronto e convívio que ocorreu para ser possível a instalação e permanência portuguesa, amplifica a reflexão e o discurso das relações ou disparidades entre culturas urbanísticas e, assim, o âmbito da própria cultura urbanística portuguesa. As afinidades que as comunidades contemporâneas têm com o espaço que habitam, veem e sentem, passam, de igual modo, pelo entendimento e avaliação não só do resultado no presente, mas dos processos que lhe deu origem e transformou. Porque a urbanística é tão só uma pequena parte da cultura, que informa e forma a identidade de uma comunidade. O registo urbanístico que ficou, e aquele que foi rasurado, no fundo, o património urbanístico, tal como o património material, a língua, a gastronomia, a religião, entre outros, tem assim uma aplicação direta em disciplinas cujos conteúdos culturais e sociais são o mote e nas decisões políticas que gerem os espaços e comunidades urbanos. O esclarecimento destas questões e a variedade dos objetos impôs trilhar a análise num horizonte geográfico alargado, determinando, quase de seguida, quais os núcleos urbanos que valeriam um olhar mais profundo. Cochim, Colombo, Malaca, São Tomé de Meliapor e Macau são os objetos que, constituindo-se como uma rede urbana com variantes, melhor articulam os diversos enquadramentos regionais nos quais existe(m) a(s) rede(s) urbana(s) asiática(s) onde foi exercida influência portuguesa. A variedade definiu, de igual modo, a estratégia da análise. A cada caso corresponde um estudo morfológico dos programas e malhas urbanos, focando-se o como, em que condições, quem e quando se pensou e fez a cidade, e como a partir dessas matrizes ela evoluiu. Extrapola-se depois, nos casos que assim o exigem, numa análise da interferência portuguesa no território envolvente, os arrabaldes e o termo. A par e passo a todo este processo é desenhada a história numa base operativa que, tal como o texto, é uma ferramenta de interpretação e de consolidação do conhecimento. Por fim, uma leitura de confronto entre os objetos visa expor os tipos, os mecanismos de atuação, as particularidades que conduziram o desenho urbano, e o nível de intromissão nos territórios. Em resumo, informa o processo de definição urbanística, o qual abre a discussão para dois âmbitos que lhe estão intimamente relacionados: a cultura e o património urbanísticos, que são simultaneamente produtores e produtos dos processos.
What is the process of urban definition on the cities built by the Portuguese presence in Asia, during 1503 and 1663? is the main question this thesis offers to answer, aiming to fulfill one of the persistent gaps in the theme of the Portuguese urbanistic universe: the full knowledge of the Asian link within the problematic of the Portuguese urbanism. Between the establishment of the first urban core, Cochin, in 1503, and its surrender to the Dutch East Indian Company in 1663, the Portuguese installation in Asia, arising from the maritime Expansion, reached its peak. The intention is to analyze, within the urbanism disciplinary field, this installation phase, coincident with the urbanization process of the cores where the Portuguese presence settled and then extended to the surrounding territories. Cities heads of territories anchored on the ground the maritime network that served the Expansion enterprise and, mostly without a solution of continuity, embed materialities and communities in a long timespan, extendable to the present day. The dimension that urbanized Asia involves in the study of urban planning, in particular, through the confrontation and acquaintanceship that happened in order to the Portuguese installation and permanence be possible, amplifies the understanding and the relations or disparities discourse between urban cultures and, thus, the scope of the Portuguese urban culture itself. The affinities that contemporary communities have with the space they inhabit, see and feel, pass, likewise, through the understanding and evaluation not only of the present result, but also the processes that originated and transformed it. Because urban planning is a small section of the culture, that shapes and informs the identity of a community. The remaining urbanistic register, and the one erased, meaning, the urbanistic heritage, as material heritage, language, gastronomy, religion, among others, has a direct application in subjects in which cultural and social contents are the key elements and in political decisions that manage the urban spaces and communities. The search of these questions and the variety the objects presented imposed in the analysis scope a broader geographical horizon, determining, almost immediately, which urban cores would worth a deeper look. Cochin, Colombo, Malacca, Santhome of Mylapore and Macao are the objects that, forming themselves as an urban network with variants, better articulate the different regional frameworks in which there are the Asian urban networks where the Portuguese influence was exercised. The variety also defined the strategy of analysis. To each case corresponds a morphological study of the urban programs and mesh, focused on how, on which conditions, by who and when the city was thought and built, and how from these matrices it evolved. Then, in the cases that required it, an analysis of the Portuguese interference in the surrounding territory is made. Alongside this process, history is drawn on an operational basis, which, like the text, is a tool for the interpretation and knowledge consolidation. Finally, a confrontational reading between the objects aims to expose the types, the mechanisms of action, and the particularities that led the urban design, and the level of involvement in the territories. In brief, it informs the process of urbanistic definition, which opens the discussion to two areas that are closely linked to it: the urbanistics culture and heritage, both producers and products of processes.
Description: Tese de doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa, no ramo de Arquitetura e Urbanismo, apresentada ao Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/79799
Rights: openAccess
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I&D CES - Teses de Doutoramento
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