Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/79408
Título: Desporto e envelhecimento ativo: efeitos do treino físico realizado ao longo da vida sobre a imunosenescência em atletas master
Autor: Minuzzi, Luciele Guerra 
Orientador: Paiva, Artur
Teixeira, Ana Maria Miranda Botelho
Palavras-chave: VO2max; citocinas; balanço inflamatório; células T; células T reguladoras; células T senescentes; espaço imune; imunoglobulina A; atletas master
Data: 21-Jun-2017
Citação: MINUZZI, Luciele Guerra - Desporto e envelhecimento ativo : efeitos do treino físico realizado ao longo da vida sobre a imunosenescência em atletas master. Coimbra : [s.n.], 2017. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/79408
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: O objetivo principal deste trabalho reside no estudo das consequências do envolvimento no treino a longo-prazo de atletas master, com idade acima de 40 anos, na condição física e saúde, nomeadamente na imunosenescência e inflamação crónica. Foram ainda examinadas as relações entre as respostas imunológicas e as cargas de treino e competição destes atletas ao longo de uma época desportiva. O estudo utilizou um grupo de 20 atletas master (53.1 8.8 anos) envolvidos em treinos de corrida, judo e natação residentes na cidade de Coimbra, Portugal. Foram utilizados dois grupos controlo, um para avaliar os efeitos do treino ao longo da vida e um segundo grupo para avaliar as interações entre treino e envelhecimento. Do primeiro grupo fizeram parte 10 pessoas (54.2 5.9 anos) que nunca praticaram treino físico regular. O segundo grupo teve na sua constituição 9 adultos-jovens (31.7 3.00 anos). Esta tese está organizada em 4 estudos: O primeiro estudo, investigou os efeitos do envelhecimento e do treino ao longo da vida no VO2max, parâmetros hematológicos básicos e balanço de citocinas pró e anti-inflamatórias e sua resposta a uma sessão de exercício agudo. Os nossos dados mostraram que as adaptações ao exercício mais relevantes encontradas nos atletas master foi a manutenção da sua capacidade aeróbica e um estado anti-inflamatório semelhante ao observado nos adultos-jovens saudáveis. O envelhecimento teve os efeitos mais pronunciados nos níveis da IL-10 e no rácio TNF-/IL-10. No segundo estudo, objetivámos quantificar e caracterizar funcionalmente células T reguladoras do sangue periférico, bem como a expressão de um marcador de senescência (KLRG1), de atletas master em repouso e após um teste de exercício exaustivo. Nossos resultados mostraram que os atletas master tem níveis elevados da citocina imunorreguladora IL-10 em repouso e em resposta a um teste de esforço máximo em comparação com o grupo de controlo da mesma idade. O número das células Tregs foram semelhantes para os atletas master e o grupo de controlo, sugerindo que o treino ao longo da vida não interfere na perda ou aumento no número destas células. Parecem, no entanto, existir indícios de que as células Tregs estão mais ativadas no grupo de atletas masters. O terceiro estudo avaliou os efeitos do treino ao longo da vida sobre a senescência e mobilização de linfócitos T em resposta ao exercício agudo máximo. Nossos resultados mostram que os atletas master apresentam menor % das células T CD4+ naïve e de memória central e das células T CD8+ naïve, memória-central e memória-efetora, senescentes. As diferenças não foram significativas para as subpopulações das células T CD4+ e CD8+ efetoras senescentes. Quanto ao marcador de apoptose, a expressão do gene FasL foi similar entre os atletas master e controlos. As populações de linfócitos T CD4+ e CD8+ senescentes e as suas subpopulações são mobilizadas em resposta ao exercício agudo. O treino ao longo da vida levaria ao aumento do espaço imune, porém, uma sessão aguda de exercício físico não parece ser suficiente para provocar esse efeito. No quarto estudo objetivámos investigar os efeitos de uma época de treino sobre mudanças hematológicas e de marcadores salivares em atletas masters. Os resultados do presente estudo sugerem que a manutenção do treino regular ao longo de uma época desportiva é capaz de provocar mudanças benéficas na composição corporal, e efeitos positivos sobre variáveis funcionais, nomeadamente no decréscimo da FCmax e Lacmax necessários para atingir o mesmo patamar num teste de esforço máximo. Os atletas apresentam, no entanto, pequenos sinais de fadiga acumulada ao longo de uma época de treino e competição, tais como a diminuição dos níveis de testosterona salivar e a redução do rácio T/C. Os resultados deste trabalho permitiram evidenciar que atletas master são um modelo de envelhecimento bem-sucedido. De fato, o treino ao longo da vida não parece ter efeitos deletérios no equilíbrio das citocinas pró e anti-inflamatórias e foi capaz de reverter parcialmente os efeitos pró-inflamatórios do envelhecimento. Atletas master mantém o número e função das células T reguladoras como resposta adaptativa para o exercício. A manutenção de altos níveis de aptidão aeróbica durante o curso natural do envelhecimento mostrou prevenir o acumular de células T senescentes e, ao mesmo tempo, manter um número suficiente de células T naïve capazes de reconhecer e responder a novos antigénios.
Descrição: Tese de doutoramento em Ciências do Desporto, no ramo de Atividade Física e Saúde, apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/79408
Direitos: openAccess
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