Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/755
Título: Mal de ausência : o canto do exílio na lírica novilatina portuguesa do século XVI
Autor: André, Carlos Manuel Bernardo Ascenso 
Palavras-chave: Literatura Latina; Poesia novilatina portuguesa -- séc. 16; Saudade -- poesia novilatina -- Portugal -- séc. 16
Data: 16-Nov-1990
Citação: ANDRÉ, Carlos Ascenso - Mal de ausência : o canto do exílio na lírica novilatina portuguesa do século XVI. Coimbra, 1990.
Resumo: Desde tempos remotos, o exílio constitui marca profunda na personalidade dos que têm de o suportar. Os exemplos abundam. O escritor e, em particular, o poeta, adquirem lugar de relevo em qualquer estudo sobre o assunto; a quantidade de obras nascidas sob o signo do exílio comprovam-no. Além disso, a definição do quadro conceptual de exílio não é fácil, conheceu oscilações ao longo dos séculos e não se circunscreve à ciência jurídica, antes é merecedora de tratamento transdisciplinar. Na relação com a literatura, o facto merece olhar especial: importa considerar a literatura produzida por autores desterrados, mas também a que, não sendo essas as circunstâncias, faz de tal situação o centro das atenções. A primeira parte (Exílio e exílios) aborda o conceito jurídico, as relações com a literatura e, por fim, procede a uma visão diacrónica, da Antiguidade (Ulisses, o cosmopolitismo estóico, Cícero, Séneca, Ovídio) até ao Renascimento. As segunda e terceira partes, intituladas, respectivamente, O canto do exílio no humanismo português e Três figuras paradigmáticas, são integralmente dedicadas a poetas portugueses. Estuda-se, primeiro, O sentimento nostálgico das raízes, isto é, manifestações poéticas de uma relação intensa com o lugar de origem, o canto do exílio propriamente dito e os poemas que manifestam o caso especial do chamado exílio interno; a seguir, o fenómeno da separação - os poemas de despedida, aqueles em que os poetas não ausentes exprimem a saudade dos que se encontram longe e os cantos festivos compostos no momento do regresso; depois, os modelos, bíblicos, colhidos na Antiguidade Clássica, ou encontrados na história portuguesa; e ainda os casos de adesão portuguesa (escassa) ao cosmopolitismo do século XVI. Um longo capítulo analisa reflexos do pensamento bíblico e platónico que considera o homem um desterrado da pátria celeste, dedica largas páginas ao salmo Super flumina Babylonis e às inúmeras paráfrases de que foi objecto entre nós, e compara-as com mais de duas dezenas de paráfrases feitas por humanistas estrangeiros. Na última parte, seleccionam-se três poetas: Henrique Caiado (nostalgia de uma pátria que lhe não era vedada), António de Gouveia (consciência dissimulada de um exílio voluntário) e o caso paradigmático de Diogo Pires (exílio real e desesperado).
Descrição: Tese de doutoramento em Letras (Literatura Latina) apresentada à Fac. de Letras da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/755
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:FLUC Secção de Estudos Clássicos - Teses de Doutoramento

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