Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/43574
Título: Entre a marginalização e a securitização: jovens e violências em Cabo Verde e na Guiné-Bissau
Autor: Roque, Sílvia 
Cardoso, Katia 
Palavras-chave: Jovens; Violências; Marginalização; Securitização; Youth; Violences; Marginalisation; Securitisation
Data: 2013
Editora: Universidade de Santiago
Projeto: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/3599-PPCDT/71908/PT 
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH/BD/36589/2007/PT 
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH/BD/44906/2008/PT 
Título da revista, periódico, livro ou evento: Revista Cabo-verdiana de Ciências Sociais
Volume: 1
Número: 1
Local de edição ou do evento: Cidade de Assomada
Resumo: A progressiva crença na obsolescência da guerra no contexto pós Guerra Fria tem contribuído para a ocultação dos processos estruturais que se perpetuam e que reproduzem as desigualdades e a marginalização ao nível global e que se constituem como e provocam violência. Ignora-se frequentemente que, perante a ausência de guerra, os meios e instrumentos de promoção e materialização da violência se trasladam para outras expressões, escalas ou actores. A partir dos casos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, este artigo pretende colocar em causa a separação estanque entre a guerra e a paz e sugerir que esta última pode ser um projecto igualmente violento, que se manifesta nomeadamente através do controlo dos jovens, quer através do poder exercido pelas elites em Estados periféricos, quer pelo mercado da pobreza e da insegurança à escala global. Defendemos que o grau de aceitação ou rejeição da marginalização e dependência como destino social, pelos jovens, é um factor essencial para a contenção ou promoção da violência colectiva. Ora, num contexto de consolidação de um conjunto de políticas e instituições internacionais destinadas a manter a segurança das elites globais, parecem cada vez mais reduzidas as possibilidades não violentas de reivindicação de um estatuto valorizado pelos jovens.
The growing belief in war’s obsolescence in the post Cold War context favoured the occultation of remaining structural processes that reproduce inequalities and marginalisation at the global level. These processes constitute themselves as violence as they also produce violence. It is though frequently ignored that in the absence of war, the means and instruments that promote and consubstantiate violence are transferred to other manifestations, scales, and actors. Taking in to consideration the cases of Guinea Bissau and Cape Verde, this article intends to question the strict distinction between war and peace, suggesting that peace can also be an equally violent project, expressed through the control of youth, be that through the power exercised by elites in peripheral states, or through the poverty and insecurity market at a global scale. We argue that the degree in which marginalisation and dependency are accepted or contested by the youth as social destiny is a crucial determinant in containing or promoting collective violence. In the context of consolidation of a bulk of international policies and institutions aimed at keeping global elite’s security, it seems that the possibilities for non violent forms of youth’s vindication for a valued social status are less and less reduced.
URI: https://hdl.handle.net/10316/43574
ISSN: 2309-9712
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
Entre a marginalização e a securitização_RCVCS.pdf825.93 kBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página 20

819
Visto em 23/abr/2024

Downloads

298
Visto em 23/abr/2024

Google ScholarTM

Verificar


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.