Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/30588
Title: Roturas agudas do tendão de aquiles: tratamento conservador versus cirúrgico
Authors: Cunha, Ana Catarina Martins da 
Orientador: Judas, Fernando Monteiro
Mariano, João Cura
Keywords: Cirurgia aberta; Cirurgia mini-invasiva; Complicações; Imobilização gessada; Ortótese funcional; Reabilitação; Resultados funcionais; Rotura aguda; Tendão de Aquiles; Tratamento
Issue Date: 2015
Abstract: Introdução: O tendão de Aquiles, apesar do seu tamanho e robustez, é a estrutura tendinosa que mais frequentemente sofre rotura. A rotura aguda afeta sobretudo indivíduos do sexo masculino de meia idade, ocorrendo geralmente durante a prática desportiva. Apesar do diagnóstico desta patologia ser bastante acessível, uma vez que a história clínica associada ao exame físico são parâmetros quase sempre elucidativos, a decisão sobre qual a terapêutica a instituir é, indubitavelmente, mais desafiante. Deste modo, o objetivo deste trabalho de revisão é determinar qual o tratamento mais vantajoso e apropriado (conservador ou cirúrgico), com base na literatura existente. Materiais e métodos: Foi efetuada uma pesquisa na PubMed, a partir da qual se selecionaram estudos que abordassem os benefícios e as complicações de cada tipo de tratamento, incluindo também dados acerca do período de reabilitação, entre outros igualmente relevantes. Cumprindo estas premissas, foram selecionados sete artigos de estudos randomizados e controlados. Outros dois artigos foram oportunamente abordados em contexto de discussão. Resultados: Os resultados funcionais de cada estudo, incluindo parâmetros como a amplitude de movimentos, a circunferência da perna e testes de força e resistência, mostraram que, de uma forma geral, não há diferenças significativas entre os grupos submetidos a tratamento conservador ou cirúrgico. Por outro lado, em termos de complicações, verifica-se uma grande discrepância entre grupos, quer no número de pacientes afetados quer no tipo de complicação mais prevalente. Discussão: O tipo de reabilitação apresenta especial relevância no prognóstico destes doentes, podendo variar entre a reabilitação dinâmica ou a reabilitação de início mais tardio (mais de 2 semanas de imobilização). O tratamento cirúrgico, ainda que invasivo e com risco evidente de graves complicações do ponto de vista infecioso e nervoso, apresenta bons resultados quanto à taxa de recidiva de rotura, respondendo de forma positiva à reabilitação instituida. Por outro lado, o tratamento conservador acarreta uma elevada taxa de recidiva de rotura, sendo geralmente um tratamento de segunda linha em pacientes jovens e atletas, para aos quais é expectável uma recuperação rápida e funcionalmente ambiciosa. A falta de consenso científico relativamente aos métodos de avaliação clínica e funcional dos diversos estudos torna difícil fazer comparações de resultados entre trabalhos, limitando assim a discussão. Conclusão: A opção mais consensual para o tratamento das roturas agudas do tendão de Aquiles é o recurso à reabilitação dinâmica (mobilização precoce e/ou carga precoce), permanecendo ainda a dúvida se deverá ser precedida por tratamento conservador ou cirúrgico. Tendo em conta a prática corrente de recurso a escalas de avaliação internas, a avaliação e constatação de superioridade e excelência clínica de uma técnica comparativamente com a outra, revelam-se de extrema dificuldade. Assim, atualmente, o melhor método terapêutico permanece controverso.
Introduction: The Achilles tendon, despite its length and strength, is the most frequently ruptured tendon in the human body. The acute rupture is more common in middle aged males and occurs mostly during sport activities. A good history and a well performed physical examination are, most of the times, enough to make the correct diagnosis. Choosing the treatment is the most challenging decision. Therefore, the main objective of this review is to determine which treatment (conservative or surgical) is the most advantageous and appropriate, according to scientific literature. Material and Methods: A research was carried out using the PubMed online database. Seven articles of randomized controlled trials, which discussed the benefits and complications of each type of treatment (including also data about the rehabilitation period and other relevant information), were chosen. In a discussion context, another two articles were mentioned. Results: The functional results of each study, including parameters such as range of motion, the circumference of the leg and strength and endurance tests, showed that, generally, there is no significant difference between the two treatment groups (conservative and surgical). On the contrary, there is a big difference between those groups in terms of complications, not only in the number of affected patients but also in terms of the most prevalent type of complication. Discussion: The type of rehabilitation is currently recognized as a major determinant of the prognosis. It may vary from dynamic rehabilitation to late onset rehabilitation (more than 2 weeks of immobilization). The surgical treatment, although invasive and obviously risky in terms of infections and nerve damage, leads to good results related with re-rupture rate. It also has a great response to the rehabilitation, no matter the protocol applied. On the other hand, the conservative treatment is associated with a high re-rupture rate and is commonly a second line treatment option in young patients and in athletes, for whom a quick and functionally ambitious recovery is expected. The lack of scientific consensus about the clinical and functional evaluation methods used in several studies makes it difficult to compare results between them, impairing the discussion. Conclusion: The most consensual option for the treatment of acute ruptures of the Achilles tendon is the use of dynamic rehabilitation (early mobilization and/or early loading). However, it is still questionable if the rehabilitation should be preceded by conservative or surgical treatment. Taking in account the current practice of using internal rating scales, the comparison, and thus the superiority and excellence of a technique compared with another one, proves to be extremely difficult. Nowadays, the best treatment option remains uncertain.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Ortopedia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/30588
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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