Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/30425
Title: Acute kidney injury in portuguese children
Authors: Silva, Catarina Isabel de Bulhão Pato Mendes da 
Orientador: Januário, Gustavo
Carmo, Carmen do
Keywords: Insuficiência renal aguda; Criança
Issue Date: 2015
Abstract: Introdução: Durante a última década têm sido feitos esforços para uniformizar a definição e a avaliação da gravidade da lesão renal aguda (LRA), no sentido de facilitar o reconhecimento e intervenção precoces. O objetivo do nosso estudo consistiu em compreender a etiologia, características clínicas e laboratoriais e a evolução da LRA nas crianças portuguesas. Método: Foi conduzido um estudo retrospetivo, incluindo todas as crianças (0-18 anos) diagnosticadas com LRA de Janeiro de 2002 a Dezembro de 2011 num hospital pediátrico terciário, com base na informação dos registos médicos. O sistema de classificação da Acute Kidney Injury Network (AKIN) foi aplicado. Resultados: O nosso estudo incluiu 137 crianças com LRA, 56% do sexo masculino e uma idade mediana de 1,1 anos. Relativamente à idade, 49% dos doentes apresentavam menos de 1 ano, 23% 1-5 anos, 23% 6-12 anos e 5% 13-18 anos. A admissão na unidade de cuidados intensivos foi necessária para 77% das crianças. A etiologia da LRA foi pré-renal em 64%, renal intrínseca em 31% e pós-renal em 5%. As causas pré-renais foram prevalentes no grupo com menos de 1 ano. As causas mais frequentes de LRA foram sépsis/ choque séptico, falência cardíaca/ choque cardiogénico, glomerulonefrite aguda/ rapidamente progressiva, encefalopatia hipóxico-isquémica e síndrome hemolítico-urémico. Ao aplicar o sistema de classificação AKIN, obtivemos 4%, 16% e 78% das crianças nos estádios 1, 2 e 3, respetivamente. O edema foi a característica clínica mais frequente, estando presente em 67% das crianças e em 35% dos casos a LRA foi não-oligúrica. O tratamento foi conservador em 70% e cirúrgico em 4% dos casos. A terapêutica de substituição renal (TSR) foi necessária em 26% dos casos. A taxa de mortalidade durante o internamento foi de 29% e esteve dependente da etiologia e do grupo etário, sendo mais elevada no grupo com menos de 1 ano, devido a causas pré-renais, exceto num caso. Na data da alta, 23% das crianças apresentavam recuperação completa da função renal. Após 3 anos, o seguimento não foi possível para 57% das crianças, sendo que 8% das crianças tinham desenvolvido doença renal crónica (DRC) e 2% doença renal terminal. O estádio 3 de AKIN teve uma associação positiva com a necessidade de TSR, evolução para DRC e mortalidade. Não se encontrou uma diferença estatisticamente significativa entre os primeiros 5 anos do estudo (2002-2006) e o segundo período (2007-2011) no que respeita a etiologia, classificação de AKIN e taxa de mortalidade. Conclusões: A implementação de um sistema de classificação da LRA na prática clínica é recomendada, no sentido de avaliar os doentes em risco e melhorar os resultados a longo prazo.
Introduction: Over the last decade efforts have been made in standardizing the definition and assessment of severity of acute kidney injury (AKI) for early recognition and intervention. The purpose of our study was to understand the etiology, clinical and laboratory features, management and outcomes of AKI in Portuguese children. Method: A retrospective study including all children (0-18 years old) diagnosed with AKI from January 2002 to December 2011 at a pediatric tertiary care hospital was conducted, based on information from medical records. Acute kidney Injury Network (AKIN) classification system was applied. Results: Our study comprised 137 children with AKI, 56% males and a median age of 1.1 years. In respect to age, 49% of patients were less than 1 year, 23% 1-5 years, 23% 6-12 years and 5% 13-18 years. A total of 77% were admitted to the intensive care unit. Etiology of AKI was pre-renal in 64%, intrinsic renal in 31% and post-renal in 5%. Pre-renal causes were more prevalent on infants. The commonest causes of AKI were sepsis/ septic shock, followed by heart failure/cardiogenic shock, acute/ rapidly progressive glomerulonephritis, hypoxic-ischemic encephalopathy and hemolytic-uremic syndrome. According to AKIN classification system, 4%, 16% and 78% of patients were classified as stage 1, 2 and 3, respectively. Edema was the most frequent clinical feature being evident in 67% of children and in 45% of cases AKI was nonoliguric. Treatment modality was conservative in 70% and surgical in 4% of cases. Renal replacement treatment (RRT) was performed in 26% of children. Mortality rate during hospitalization was 29% and depended on etiology and age group, being higher in the infants group, due to pre-renal causes in all cases except one. At time of discharge, 23% of children had complete renal recovery. Follow-up was not possible for 57% of children after 3 years. After 3 years, 8% of children had CKD and 2% developed end-stage renal disease. AKIN stage 3 had a positive association with the need for RRT, evolution to CKD and mortality. There were no statistically significant differences between the first 5 years of the study (2002-2006) and the second period (2007-2011) in respect to etiology, AKIN classification and mortality rate. Conclusions: The implementation of an AKI classification system on clinical practice is advised in order to evaluate at-risk patients and improve long-term outcomes.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Pediatria), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/30425
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Tese_CS_2015.pdf505.25 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 10

835
checked on Apr 16, 2024

Download(s)

194
checked on Apr 16, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.