A Vulnerabilidade na Saúde da População Timorense

Abstract

O projeto de investigação faz uma avaliação dos progressos conseguidos, por Timor-Leste, para atingir as metas definidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) sobretudo, na área da saúde. Esta avaliação foi feita através da apresentação da evolução dos determinantes da Saúde, desde a independência do país até à atualidade. A República Democrática de Timor-Leste é um país jovem e com um passado difícil, como tal, enfrenta inúmeros desafios que afetam a saúde e o bem-estar da população. Desde de 2002, o País registou progressos significativos na área da saúde. Estes progressos advém dos investimentos feitos, na construção de infraestruturas, na formação de pessoal de saúde e na educação da população para a saúde. Realizações notáveis foram conseguidas: a esperança média de vida aumentou quase 10 anos; a mortalidade infantil, em crianças com menos de 5 anos, diminuiu de 99, por cada 1000 nados-vivos, em 2002, para 57, em 2013; a taxa de mortalidade nos partos complicados diminui de 14%, em 2007, para 2,3% em 2012; a taxa de incidência da malária passou a ser muito baixa (0,9%). Apesar destas conquistas ainda há muito para ser feito para Timor-Leste cumprir todas as metas definidas nos ODM. Desde 2002 até ao momento houve poucas mudanças no estado da pobreza em Timor-Leste, refletindo-se nos elevados níveis de desnutrição, principalmente das mulheres e crianças, e na vulnerabilidade da população às doenças transmissíveis. As doenças transmissíveis com uma taxa de incidência maior foram as doenças respiratórias, que ao contrário do que era previsto teve um aumento muito significativo nos últimos 6 anos. As doenças do foro respiratório continuam a ser uma das principais causas de morbilidades e de morte em Timor-Leste. Estas doenças estão diretamente relacionada com as questões de pobreza, de desnutrição e o ambiente em que as pessoas vivem. É fundamental continuar a investir nas condições sociais, ambientais e económicas em que as pessoas vivem de forma a diminuir as iniquidades e vulnerabilidades da saúde da população Timorense.

The research project is an assessment of progress made by East Timor, to attain the targets set by the Millennium Development Goals (MDGs) especially in health care. This review was done through the presentation of the evolution of the determinants of health, since the country's independence to the present day. The Democratic Republic of East Timor is a young country with a difficult past, as such, is facing numerous challenges that affect health and well-being of the population. Since 2002, the country has made significant progress in healthcare. This progress stems from the investments made in the construction of infrastructure in the health staff training and public education for health. Notable achievements have been achieved: the average life expectancy increased by nearly 10 years; infant mortality in children under five years fell from 99 per 1,000 live births in 2002 to 57 in 2013; the mortality rate in complicated births decreased from 14% in 2007 to 2.3 % in 2012; the malaria incidence rate has become very low ( 0.9%). Despite these achievements there is still much to be done for East Timor meet all the targets set in the MDGs. Since 2002 to date there have been few changes in the state of poverty in East Timor, reflecting the high levels of malnutrition, especially women and children, and the population's vulnerability to communicable diseases. Communicable diseases with a higher incidence rate were respiratory diseases, which contrary to what was predicted had a very significant increase in the last six years. Diseases of the respiratory disorders remain a major cause of morbidities and death in East Timor. These diseases are directly related to the issues of poverty, malnutrition and the environment in which people live. It is essential to continue to invest in social, environmental and economic conditions in which people live in order to reduce inequities and vulnerabilities in health of the Timorese population.