Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/29000
Title: Prescrição de opioides a adultos idosos com dor persistente não oncológica, nos cuidados primários de saúde
Authors: Amorim, David Manuel Gomes de 
Orientador: Veríssimo, Manuel Teixeira
Keywords: Analgésicos opióides; Doença crónica; Idoso; Cuidados primários de saúde
Issue Date: 2014
Abstract: Estudo experimental com intervenção, não randomizado, tendo como alvo idosos com mais de 65 anos com dor crónica não oncológica, inscritos em várias Unidades de Saúde do ACES Dão Lafões. Este estudo tinha como objetivos principais descrever as características básicas da dor, avaliar o estado funcional , emocional e do humor, bem como a função cognitiva, antes e depois da terapêutica com medicamentos opioides até 100 Equivalentes de Morfina. Também o impacto desta terapêutica na intensidade da dor e na satisfação pessoal do idoso, conhecer as taxas de abandono e desistências e os principais efeitos adversos. Fundamentalmente deveu-se à importância da dor crónica não oncológica na população geriátrica e participaram no estudo realizado em contexto de ambulatório 46 idosos, selecionados pelos Médicos de Família, com base em critérios de inclusão e exclusão previamente definidos, entre Dezembro de 2013 e Agosto de 2014. Baseou-se em instrumentos-teste necessários para avaliação, quase todos validados pelo Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e na observação regular dos doentes ao longo de 3 ou 4 consultas, tendo por suporte um protocolo/roadmap previamente elaborado para doentes idosos. Uma dor contínua persistente foi apontada por 73,9% (n=34) dos participantes e a mediana da duração da dor em anos situou-se nos 10(6-15). A categoria tida por dor severa foi a mais prevalente 89% (n=41) e isto originava na opinião deles, uma interferência grave nas atividades de vida diária de 80,4% (n=37). As dores na região lombar (31,1%) e nos joelhos (20,8%), foram as regiões mais prevalentes. O tramadol com ou sem paracetamol, foi o fármaco mais utilizado 51,3% (n=40), mas o uso de opioides fortes na forma transdérmica foi também considerável 29,5% (n=23), com doses entre os 20-80 Equivalentes de Morfina. A terapêutica opioide teve um impacto significativo na redução da intensidade da dor, mas pelo contrário, a avaliação do estado funcional, emocional e do humor, bem como o cognitivo, não apresentou diferença estatisticamente significativa entre a avaliação inicial e final. O número de abandonos por ineficácia terapêutica foi de 17,4% (n=8) e os devidos a efeitos colaterais foi de 13%(n=6). Regra geral os efeitos colaterais não foram severos, mas mesmo assim responsáveis por abandonos. O uso de opioides, tantos os fracos como os fortes, em casos devidamente ponderados, sozinhos ou associados a outras medicações adjuvantes, parecem ser úteis na melhoria da dor crónica e na satisfação pessoal do doente. No entanto, por si só, parecem não constituir a solução ideal na abordagem à maioria destes doentes, dada a complexidade multifatorial da dor e dos efeitos adversos que provocam.
Experimental and a nonrandomized intervention study, targeted at the elderly with more than 65 years with chronic noncancerous pain, enrolled in various health units in the ACES Dão Lafões. The main purposes of this study consisted is describing the basic features of pain, assess the functional, emotional and mood state as well as the cognitive function, before and after the therapy with opioids up to 100 morphine equivalents. It also aimed to know the impact of this therapy on the intensity of pain and personal satisfaction in the elderly, be aware of the abandonment and discontinuity, in addition to the major adverse effects. This work was essentially due to the importance of the chronic noncancerous pain in the geriatric population. 46 elderly people participated in the study carried out in an ambulatory context and they were selected by General Practitioners, based on inclusion and exclusion criteria previously defined between December 2013 and August 2014. It was based on tools test required for evaluation, almost all validated by Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, and the regular observation of the patients for 3 or 4 medical visits, previously supported by a protocol/roadmap for elderly patients. A continuous pain was shown by 73.9% (n = 34) of the participants, and the average pain duration in years reached from 10(6-15). The category designed by severe pain was the most prevalent 89% (n= 41), and this caused a serious interference in daily life activities 80.4% (n = 37). The lower back pain (31.1%) and knees (20.8%) were the most prevalent regions. Tramadol with or without paracetamol was the most used medicine 51.3% (n = 40), but the use of strong opioids in a transdermal form was also considerable 29.5% (n = 23) with equivalent doses of morphine between 20-80. The opioid therapy had a significant impact in reducing the intensity of pain, but on the other hand, the assessment of functional, emotional, mood, and cognitive state, had no statistically significant difference between the initial and final evaluation. The number of dropouts owing to ineffectiveness was 17.4% (n = 8), and those due to side effects were 13% (n = 6). Generally the side effects were not severe, but even so they were responsible for the dropouts. The use of opioids either strong or weak in some cases duly taken into consideration, alone or combined with other adjuvant medications , appear to be useful in improving the patients chronic pain and personal satisfaction. However, and in itself, they seem not to be the ideal solution to meet the needs of the majority of these patients, because of the multifactorial complexity of pain and the adverse effects they cause
Description: Dissertação de mestrado em Geriatria, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/29000
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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