Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/27688
Título: Autocompaixão e regulação emocional na adolescência
Autor: Gaspar, Inês Francisco 
Orientador: Freitas, Paula Cristina de Oliveira de Castilho
Palavras-chave: Auto-compaixão, adolescente
Data: 23-Set-2014
Título da revista, periódico, livro ou evento: Autocompaixão e regulação emocional na adolescência
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: A autocompaixão é uma estratégia de regulação emocional, que envolve uma atitude compassiva, de calor para com o eu, em momentos de sofrimento, e um desejo de cuidar do bem-estar do próprio (Neff, 2003a, 2003b; Gilbert, 2005). A autocompaixão tem sido maioritariamente estudada em adultos, sendo entendida como um fator de proteção face à psicopatologia (MacBeth, & Gumley, 2012). A recordação de sentimentos de subordinação e ameaça parece dificultar o desenvolvimento da autocompaixão (Gilbert, 2005). As competências de empatia e de inteligência emocional parecem associar-se com a autocompaixão. A presente investigação pretende estudar o papel das memórias emocionais de ameaça e de subordinação na infância, da empatia e da alexitimia no desenvolvimento da autocompaixão, em adolescentes, quando os efeitos da depressão e da ansiedade são controlados. Os resultados demonstraram que as componentes da empatia (desconforto pessoal e tomada de perspetiva), seguidas das componentes da alexitimia (dificuldade em identificar sentimentos e dificuldade em descrever sentimentos) são as que mais contribuem para a variância na autocompaixão, e que as memórias emocionais de subordinação e de ameaça na infância apenas predizem a autocompaixão quando se controla o efeito da ansiedade. A dificuldade em identificar sentimentos e emoções moderou a relação entre as memórias emocionais de ameaça e de subordinação na infância e a autocompaixão. Estes resultados sugerem a importância da empatia, i.e., a capacidade de estar em sintonia com os sentimentos do outro, percebendo a sua perspetiva, sem sentir desconforto pessoal pelo sofrimento do outro, e em particular e do processamento emocional – identificar sentimentos e emoções - para o desenvolvimento da autocompaixão.
Self-compassion is an emotional regulation strategy that involves a compassionate attitude of warmth towards the self, in moments of suffering, and a desire to care for the personal well-being (Neff, 2003a, 2003b; Gilbert, 2005). Self-compassion has been mostly studied among adults and it has been portrayed as a protection factor against psychopathology (MacBeth, & Gumley, 2012). Apparently, recall of personal feelings of perceived subordination and threat in childhood restrains self-compassion development (Gilbert, 2005). Empathy and emotional intelligence competencies appear to be linked to self-compassion. The present investigation aimed to study the role of recall of personal feelings of perceived subordination and threat in childhood, empathy and alexithymia in the development of self-compassion, in adolescents, when depression and anxiety effects are controlled. The results showed that self-compassion variance is mostly explained by empathy components (personal distress and perspective taking), followed by alexithymia components (difficulties identifying feelings and difficulties in describing feelings). Also recall of personal feelings of perceived subordination and threat in childhood predicted self-compassion, only when the anxiety effects were controlled. Difficulties identifying feelings had a moderator effect in the relationship between recall of personal feelings of perceived subordination and threat in childhood and self-compassion. These results suggest the importance of developing empathy competencies - i.e. the ability to be in tune with other one’s feelings, understanding his/her perspective, without feeling personally distressed for the other one’s suffering – as well as developing emotional processing competencies – that allows to identify feelings and emotions – for the development of self-compassion.
Descrição: Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica (Intervenções Cognitivo-Comportamentais em Perturbações Psicológicas e da Saúde) apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/27688
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado

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