Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/27359
Título: Satisfação profissional nas USF da ARS Centro : fatores intrínsecos e extrínsecos do trabalho
Autor: Fonseca, Rui Manuel Passadouro da 
Orientador: Ferreira, Pedro Lopes
Palavras-chave: Satisfação profissional; Serviço Nacional de Saúde; Cuidados de saúde primários; Unidades de Saúde Familiares
Data: 22-Set-2014
Editora: FEUC
Citação: Fonseca, Rui Manuel Passadouro da - Satisfação profissional nas USF da ARS Centro : fatores intrínsecos e extrínsecos do trabalho, Coimbra, 2014.
Resumo: A satisfação profissional tem sido alvo de um crescente interesse por parte dos investigadores, motivados pelas consequências que pode proporcionar na saúde e qualidade de vida dos trabalhadores e nas organizações, com reflexos nos seus níveis de produtividade. No setor da saúde, a diminuição da produtividade e da qualidade dos serviços poderá influenciar o nível de saúde das populações, facto que levou a Comissão Europeia a propor, em 2001, que a “satisfação profissional” fosse encarada como uma variável da qualidade do trabalho. Em consonância com esta perspetiva, o presente estudo teve como objetivo geral determinar a satisfação profissional nas Unidades de Saúde Familiar (USF), da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). A partir deste, pretendeu-se, também, compreender a relação entre (i) a satisfação profissional e os fatores sociodemográfico, (ii) os fatores organizacionais, (iii) o modelo de desenvolvimentos das USF e (iv) a satisfação global. Relaciona-se, ainda, a satisfação global com (v) a categoria profissional e (vi) com o modelo de desenvolvimentos das USF. Finalmente, relaciona-se a (vii) satisfação profissional com a satisfação com o relacionamento entre equipas, o coordenador e o vencimento. Trata-se de um estudo observacional e transversal, seguindo um modelo de análise descritivo - correlacional. Para a recolha de dados foi utilizado o Instrumento de Avaliação de Satisfação Profissional (IASP), desenvolvido pelo CEISUC, com preenchimento online. Para o tratamento dos dados utilizou-se a aplicação informática Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) na versão 21. A amostra ficou constituída por 514 profissionais de saúde, a exercerem funções nas USF da ARSC, que traduz uma taxa de resposta de 66%, distribuídos pelos três grupos profissionais, do seguinte modo: médicos (39,8%); enfermeiros (34,2%); secretárias clinicas (26,0%), sendo 82% do sexo feminino. Trabalhavam 64,8% em USF do modelo A e 35,2% em USF de modelo B. O nível médio de satisfação profissional encontrado foi de 71,5%. A satisfação com a qualidade da USF, como local de trabalho, foi de 67,4%, com a qualidade na prestação de cuidados de 78,3% e com a melhoria contínua da qualidade de 80,7%. As dimensões, política de recursos humanos e recursos tecnológicos e financeiros, foram sensíveis ao género do respondente, sendo que os profissionais do sexo masculino se manifestaram significativamente mais satisfeitos do que os do sexo feminino. Relativamente à idade, os profissionais mais velhos (≥ 55 anos) estão mais satisfeitos que os mais novos (≤ 44 anos), em relação à qualidade da USF como local de trabalho, em especial no que respeita à política de recursos humanos e aos recursos tecnológicos e financeiros. Em relação à profissão, os médicos e secretários clínicos estão mais satisfeitos que os enfermeiros, nas dimensões relacionadas com o vencimento e equipamento disponível, refletindo-se na avaliação que fazem dos recursos tecnológicos e financeiros e na qualidade da USF como local de trabalho. A satisfação profissional é sensível ao modelo de desenvolvimentos das USF, com os profissionais do modelo B significativamente mais satisfeitos que os do modelo A, sendo a maior diferença da satisfação verificada no vencimento. Em termos de satisfação global, 99,0% afirmaram que recomendariam os serviços da sua USF a familiares ou a amigos, caso necessitassem de cuidados e 98,8% recorreriam, eles próprios, à sua USF se necessitassem de cuidados, não havendo diferença significativa entre os profissionais das USF modelo A e B. Quando questionados, se pudessem voltar atrás, se escolheriam de novo a sua USF para trabalhar, responderam afirmativamente 90,0% dos profissionais das USF modelo A e 98,3% do modelo B. O modelo que melhor representa a satisfação profissional é o que relaciona a satisfação profissional com a satisfação com o coordenador, com o trabalho em equipa e com o vencimento. Os resultados apresentados, relativos às USF da ARSC, revelam um bom nível de satisfação profissional, com os médicos e secretários clínicos mais satisfeitos que os enfermeiros, e os profissionais das USF modelo B mais satisfeitos que os do modelo A. Os recursos tecnológicos e financeiros são a subdimensão com o menor nível de satisfação devido, sobretudo, ao baixo nível de satisfação com o vencimento. Tendo em consideração as sugestões dos profissionais, recomenda-se um maior investimento dos órgãos de gestão dos ACeS na melhoria dos equipamentos e instalações e, especialmente, no estreitamento das relações com o pessoal a desempenhar funções nas USF. Recomenda-se, ainda, a monitorização periódica do nível de satisfação profissional.
Descrição: Dissertação de mestrado em Gestão e Economia da Saúde, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sob a orientação de Pedro Lopes Ferreira.
URI: https://hdl.handle.net/10316/27359
Direitos: openAccess
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