Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/25052
Título: Prevalência de Periodontite Apical e Patologia Dentária na População Adulta da Consulta de Medicina Dentária
Autor: Nunes, Patrícia Diogo 
Orientador: Santos, João Miguel
Caramelo, Francisco
Palavras-chave: Endodontia; Periodontite Apical; Epidemiologia; Prevalência
Data: 2011
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: A Periodontite Apical (PA) é uma patologia dos tecidos periapicais causada maioritariamente por infeção microbiana persistente do sistema de canais radiculares do dente afetado. É a resposta orgânica de defesa à destruição do tecido ósseo e à infeção microbiana dos canais radiculares. Porém, existem casos reportados de lesões que quando analisados, histologicamente, não revelam a presença de microrganismos. Existe um amplo consenso entre os estudos de que a presença de PA no momento do TE apresenta uma influência negativa no prognóstico. Por conseguinte, a proporção de dentes afetados com PA revela-se um fator importante a analisar, não só respeitante a dentes sem TE, mas também nos sujeitos a TE, porque a presença de PA nos DTE é sinónimo de patologia pós-tratamento com um provável impacto negativo no prognóstico dos mesmos. Com o presente trabalho estabelece-se determinar o índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPO-D), a prevalência de PA e de tratamento endodôntico na população adulta que frequenta a consulta de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Para além destes parâmetros, estabelecemos como objetivos secundários estratificar a amostra segundo a História Clínica Geral, História Clínica Pregressa, Grau de Escolaridade, Hábitos Tabágicos, Alimentares, de Higiene Dentária e incluir uma avaliação sumária do nível da Ansiedade Dentária dos utentes da consulta de Medicina Dentária. Da amostra do estudo, 157 doentes, 43% são homens e 57% são mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e 84 anos. Quando investigados, sob o ponto de vista do índice CPO-D, estes não apresentam diferenças estatisticamente significativas perante o género. No grupo 41-50 anos, o valor do CPO-D total é em média de 18, refletindo o primeiro pico do índice, que diminui no grupo 51-60 para o valor médio de 16, ao passo que no intervalo de 61-70, apresenta o pico máximo no valor médio de 21. O índice CPO-D aumenta ao longo da vida devido, em parte, ao efeito cumulativo de lesões de cárie, progressivamente mais agressivas. Adicionalmente a este efeito, o subdiagnóstico clínico das lesões de cárie secundárias deve ser enumerado, pois eventualmente pode enviesar o verdadeiro valor de cárie e o índice CPO-D é, em grande parte, elevado devido ao valor de dentes perdidos, atendendo que apenas se excluíram os doentes desdentados totais bimaxilares, considerando todos os outros independentemente do número e estado dos dentes em boca. Ao acompanhar a evolução da idade, há também uma diminuição da procura dos cuidados de saúde oral, exceto nos casos de dor. Os valores são fundamentalmente elevados à custa dos perdidos e, no que diz respeito ao tipo de alimentação (mais ou menos cariogénica), quando correlacionada com o índice CPO-D, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas. O incisivo lateral maxilar foi o tipo de dente em que se observou uma maior prevalência de TE, contrapondo com o incisivo lateral mandibular, que foi o menos sujeito a este tratamento. Porém, ao subdividir a cavidade oral em mandíbula e maxila, nesta última, os incisivos laterais, incisivos centrais e os 2os pré-molares são os dentes mais sujeitos a esta terapêutica. Por seu lado, na mandíbula, a maior prevalência diz respeito ao sector posterior, particularmente aos 1os molares, seguido dos 2os molares e pelos 2os pré-molares. A prevalência de PA na amostra global de doentes foi de 29,3%. Cerca de 31% dos doentes apresentavam dentes com TE, sendo a prevalência de dentes com TE na amostra de 3,0%. A prevalência de PA em doentes com TE foi de 22,9%. A percentagem de dentes com PA na amostra global foi de 4,4% e a prevalência de PA em dentes com TE foi de 29,6%, ou seja, aproximadamente 70,4% dos dentes com TE apresentavam um bom prognóstico terapêutico (PAI<3), o que genericamente é aceite como taxa de sucesso do TE. Perante uma análise comparativa dos valores obtidos na prevalência de PA em dentes com TE, este valor é baixo em relação aos estudos nórdicos. Estes resultados, aparentemente positivos, podem ser o reflexo de uma abordagem menos conservadora no tratamento desta patologia, sendo os dentes com PA alvo de extrações. Da bibliografia consultada, nos estudos estrangeiros, o da Irlanda em 2005 é o que se aproxima mais dos valores encontrados neste manuscrito, surgindo também semelhanças com os estudos Noruegueses efetuados em 1976 e 1988. O estudo efetuado em Portugal em 1998 apresentava uma prevalência de PA na amostra de doentes de 26%, ao passo que neste estudo, a prevalência é ligeiramente superior, no valor de 29,3%. Na prevalência de PA em DTE, no estudo do Prof. Desport Marques, o valor era de 22%, contrapondo com a prevalência de PA em DTE de 29,6% neste manuscrito.
Descrição: Este estudo pretende determinar o índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados na dentição definitiva, CPO-D, a prevalência de PA e de tratamento endodôntico, assim como a sua qualidade na população adulta que frequenta a consulta de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Para além das metas citadas, estabelecemos como objetivos secundários estratificar a amostra segundo a História Clínica Geral, História Clínica Pregressa, Grau de Escolaridade, Hábitos Tabágicos, Alimentares, de Higiene Dentária e incluir uma avaliação sumária da Ansiedade Dentária dos utentes da consulta de Medicina Dentária.
URI: https://hdl.handle.net/10316/25052
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Med. Dentária - Teses de Mestrado

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