Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/24074
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dc.contributor.advisorMoniz, Gonçalo-
dc.contributor.authorFigueiredo, Ana Teresa-
dc.date.accessioned2013-09-24T10:27:58Z-
dc.date.available2013-09-24T10:27:58Z-
dc.date.issued2013-06-
dc.identifier.citationFigueiredo, Ana Teresa Rodrigues - Por um hospital mais urbano : Os hospitais de S. João e da Universidade de Coimbra na cidade do século XXI. Coimbra, 2013por
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/24074-
dc.descriptionDissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da F. C. T. da Univ. de Coimbra.por
dc.description.abstractA partir do século XX, uma nova linguagem, proveniente da revolução industrial, torna-se transversal a todo o discurso arquitectónico. O hospital pavilhonar é substituído por uma nova tipologia – o hospital vertical. Com o acelerado crescimento urbano proveniente do processo de industrialização das cidades, as novas construções hospitalares tendem a ocupar um lugar periférico, o que lhes permitia prever e introduzir posteriores ampliações e, ao mesmo tempo, os dotava de uma tranquilidade, não encontrada no interior dos centros urbanos. Se num primeiro momento esta periferização do hospital conduz ao aparecimento de novas vias estruturais de circulação automóvel que permitissem a sua ligação aos centros urbanos, ao mesmo tempo potenciava o desenvolvimento de toda essa área periurbana. Actualmente, este afastamento esbate-se em função de uma posterior malha urbana ter absorvido estas regiões. O hospital passa a estar integrado na cidade tornandose um “motor de economia” da mesma. Dada a especificidade e complexidade do programa que incorpora, tende a propiciar o aparecimento de novos equipamentos, não só de apoio à própria actividade escolar, mas, também, de ensino, habitação, comércio, etc. Contudo, persistem ainda problemas de articulação e estruturação da rede viária e áreas de estacionamento, bem como a abertura destes equipamentos à sua envolvente e aos eixos de animação urbana. Com base nestas considerações, depreende-se a relevância e a actualidade do tema de requalificação das envolventes hospitalares como meio de minimizar os problemas socio-urbanísticos e promover o desenvolvimento equilibrado destas zonas da cidade. “O hospital de Hoje deve ser aberto para a cidade e romper com esta imagem de fortaleza implantada (…) nas franjas das nossas cidades que durante séculos simbolizaram a exclusão, a morte e a doença.”1 Esta questão revela-se importante quando enquadrada numa reflexão sobre o espaço público hospitalar, enquanto espaço urbano e enquanto palco de diferentes níveis de socialização. Partindo deste princípio, a requalificação destas áreas constitui uma oportunidade de inverter a “dinâmica negativa” que envolve o Hospital, promovendo um ambiente urbano, social e globalmente coeso e equilibrado na cidade. Deste modo, esta dissertação tem como objectivo, a partir do estudo de dois hospitais portugueses – o Hospital de Universidade de Coimbra, EPE. e o Hospital de São João, EPE - compreender a relação destes equipamentos com a cidade e a sua participação directa ou induzida na construção da mesma, bem como elaborar uma reflexão sobre o conceito de hospital contemporâneo e a forma como arquitectos e urbanistas intervém hoje na envolvente destes equipamentos, numa tentativa de adaptar o hospital do século XX à cidade do século XXI. A consciência da importância deste tema na actualidade, motivou a escolha no âmbito desta dissertação. Considerou-se útil a elaboração de um estudo que, por um lado contribuísse para a compreensão da problemática em questão e por outro sistematizasse alguns objectivos globais de intervenção arquitectónica na requalificação destes espaços. Para tal, procedeu-se à leitura e análise de diversas obras e trabalhos académicos como: “A Cabana do Higienista”, “Hospitais: daorganização à arquitectura”, “Os novos princípios do urbanismo: o fim das cidades não está na ordem do dia”, “Para uma Cidade mais Humana”, “Reabilitar o urbano ou como restituir a cidade à estima pública”, “Colóquio Hôpital, urbanisme et Architecture” bem como de diversos artigos em publicações periódicas, com edições dedicadas à saúde e ao urbanismo, que se evidenciaram mais significativas, como por exemplo “El espácio público como Crisis de significado” e “Espaços de Saúde”. Não menos importante foi também a aula “Hospitais: edifícios de corpo e alma”, leccionada no Departamento de Arquitectura da FCTUC pelo Dr. Artur Vaz e organizada pelo Professor Doutor Paulo Providência. A escolha dos objectos em estudo justifica-se por, em ambos os casos, se tratarem de hospitais escolares construídos durante o século XX na periferia da cidade e por, se terem desenvolvido projectos de reabilitação da envolvente hospitalar, factos que permitem a análise e comparação entre eles. É de salientar no entanto que, apenas no caso do Porto, o projecto se encontra em fase de execução. O Hospital de São João, EPE, inaugurado em 1959, da autoria do arquitecto alemão Hermann Distel, trata-se de um hospital escolar construído em plena época do Estado Novo, cuja obra é bem representativa deste tipo de Arquitectura de Estado. A dualidade programática – Hospital e Faculdade de Medicina – deste projecto veio assim motivar a edificação de novas infra-estruturas, dando origem ao actual Pólo II da Universidade do Porto. Inicialmente, colocado na periferia da cidade, na zona da Asprela, o hospital apenas dialogava com o centro urbano através da Circunvalação. Posteriormente, durante a década de 50 e aquando a concretização do Plano Regulador da Cidade do Porto, são propostos novos eixos rodoviários que viriam agilizar não só a ligação ao hospital, mas também da cidade universitária ao centro urbano. Para além dos diversos edifícios dedicados ao ensino começam a surgir outro tipo de infraestruturas que, por sua vez, complementam as já existentes. É o caso do Instituto Português de Oncologia (IPO), das residências universitárias, de habitações colectivas e unifamiliares e, em 2005, da linha amarela do Metropolitano do Porto. Actualmente o Projecto da Área Central do Pólo II da Universidade do Porto, criado sob a orientação do Arquitecto Rui Mealha, visa a estruturação funcional, urbanística e ambiental2 desta zona da cidade. A criação de um espaço ligado à Ciência e Tecnologia e de um Parque Urbano, reabilitando a antiga Ribeira da Asprela, aliados a uma série de factores de atractividade e a novos eixos de mobilidade, potenciarão o desenvolvimento de uma nova centralidade urbana na cidade do Porto. O Hospital da Universidade de Coimbra, EPE, inicialmente instalado nos velhos colégios da Alta, começa a ser construído em 1980 nos terrenos da Quinta do Espinheiro, em Celas. Seguindo a tipologia monobloco vertical, o projecto da autoria do arquitecto Fernando Flores, implantado no centro do terreno, carece de relação com a própria cidade. Tal como no Porto, também a localização periférica do hospital motivou o aparecimento de novas infra-estruturas e equipamentos ligados ao ensino e à saúde. A deslocação da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra para junto do Hospital retoma a imagem Faculdade/Hospital, outrora existente aquando a sua fixação na Alta de Coimbra. O plano do Pólo das Ciências da Saúde - Pólo III, do arquitecto Rebelo de Andrade, vem propiciar um novo centro de ensino, investigação e tratamento na área da saúde em Coimbra. No entanto, trata-se de um plano voltado para dentro do seu próprio programa3 não comunicando com o hospital, como seria de esperar. O projecto urbano para o HUC, realizado pelo Centro de Estudos em Arquitectura da FCTUC (CEARQ), sob a coordenação dos Arquitectos Gonçalo Byrne e António Bandeirinha, fundamenta uma proposta de reabilitação da envolvente hospitalar, com a criação de novos equipamentos de saúde e consequente estruturação da rede viária e qualificação do espaço público, propiciando o diálogo entre Hospital, Universidade e Cidade. Também aqui, a incorporação do metro ligeiro de superfície vai reforçar e complementar o sistema de circulação viária. Esta dissertação encontra-se dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo – Evolução da tipologia hospitalar - irá fazer-se uma abordagem à história dos hospitais, a partir do século XVIII, seguindo uma lógica cronológica. Pretende-se assim compreender o conceito de hospital e a sua evolução ao longo da história. Inicia-se com a tipologia pavilhonar seguindo-se o hospital vertical, cuja influência e linguagem dos processos industriais marca a arquitectura moderna. Numa segunda fase procede-se a uma reflexão sobre o conceito de hospital contemporâneo, abordado sobre dois pontos de vista: o hospital enquanto edifício propriamente dito e as componentes que influenciam a sua arquitectura e o espaço público enquanto espaço de saúde. Este subtema fará a ponte entre o capítulo I e o capítulo II. No segundo capitulo – O hospital como factor de desenvolvimento urbano – irá proceder-se à análise dos casos de estudo e dos respectivos Planos de Urbanização, tendo em conta três componentes: Hospital, Universidade e Cidade.por
dc.language.isoporpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectHospital de S. João do Portopor
dc.subjectHospital da universidade de Coimbrapor
dc.titlePor um hospital mais urbanopor
dc.typemasterThesispor
dc.peerreviewedYespor
uc.controloAutoridadeSim-
item.openairetypemasterThesis-
item.languageiso639-1pt-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.cerifentitytypePublications-
item.grantfulltextopen-
item.fulltextCom Texto completo-
crisitem.advisor.researchunitCES – Centre for Social Studies-
crisitem.advisor.parentresearchunitUniversity of Coimbra-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-1890-1953-
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FCTUC Arquitectura - Teses de Mestrado
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