Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/2164
Title: Amphipoda (crustacea) bentónicos da costa portuguesa : estudo taxonómico, ecológico e biogeográfico
Authors: Marques, João Carlos de Sousa 
Orientador: Saldanha, Luís
Keywords: Ecologia Animal
Issue Date: 23-Oct-1989
Citation: MARQUES, João Carlos de Sousa - Amphipoda (crustacea) bentónicos da costa portuguesa : estudo taxonómico, ecológico e biogeográfico. Coimbra, ed. aut., 1989, p. 394.
Abstract: Os Amphipoda (Crustacea) marinhos bentónicos da Costa Portuguesa foram estudados dos pontos de vista taxonómico, ecológico e biogeográfico. A pesquisa bibliográfica e o estudo de numerosas colecções permitiram a inventariação de 261 taxa, 244 de Gammaridea e 17 de Caprellidea, dos quais 45 foram, neste trabalho, assinalados pela primeira vez na Costa Portuguesa. A repartição ecológica das espécies inventariadas foi analisada, em função da batimetria, dos tipos de substrato e da salinidade. A importância dos Anfípodes nas comunidades bentónicas intertidais do estuário do Mondego foi posta em relevo, através de uma breve caracterização destas, englobando esta ordem cerca de 1/5 das espécies com papel mais determinante na estrutura de comunidades observada. A população de Echinogammarus marinus (Gammaridae), espécie chave a nível do coberto algal de Fucus spp., foi estudada em termos da sua biologia, dinâmica e produção. Esta espécie apresentou uma distribuição de tipo contagioso e a sua densidade variou sazonalmente, com máximos na Primavera e Verão e mínimos no Inverno. O crescimento dos indivíduos de E. marinus processa-se ao longo de toda a vida, embora de forma mais rápida nas fases iniciais. A longevidade desta espécie, no estuário do Mondego, foi calculada em 10 a 12 meses, vivendo os machos um pouco mais que as fêmeas. A diferenciação sexual deverá ser mais precoce nas fêmeas. A actividade sexual revelou-se contínua ao longo do ano, processando-se o recrutamento em cortes pouco espaçadas no tempo. No estuário do Mondego, E. marinus comporta-se como uma espécie semi-anual, de fêmeas multíparas (três a seis ou sete posturas), com um ciclo de vida multivoltino (três a quatro gerações anuais). Nos cobertos algais de Fucus spp. a produção líquida (P) da sua população foi avaliada em 6,36 a 8,81 g.m-2. ano-1 de peso seco descalcificado (76,16 a 105,48 KJ. m-2 ano-1) e a produção de eliminação (E) em 6,33 a 11,44 g.m-2.ano-1 (75,84 a 137,04KJ.m-2.ano-1). As relações P/B e E/B foram estimadas em 6,1 a 6,3 e 6,28 a 7,89 respectivamente. Dum ponto de vista biogeográfico a Costa Portuguesa parece constituir uma zona de charneira, onde as influências do Mediterrâneo e do Atlântico se interpenetram, devendo a sua fauna anfipodológica ser considerada como atlântica-mediterrânica.
Description: Tese de doutoramento em Ciências (Ecologia Animal) apresentada à Fac. de Ciências e Tecnologia da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/2164
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:FCTUC Ciências da Vida - Teses de Doutoramento

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