Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/21502
Título: Estilos de vida e prevenção primária na saúde oral em ambiente escolar
Autor: Lopes, Pedro André Ferreira Campos. 
Orientador: Quintal, Carlota Maria Miranda
Palavras-chave: Estilos de vida; Prevenção primária; Modelo de Grossman; Saúde oral; Motivações
Data: 12-Dez-2012
Editora: FEUC
Citação: Lopes, Pedro André Ferreira Campos - Estilos de vida e prevenção primária na saúde oral em ambiente escolar. Coimbra, 2012.
Resumo: A relação entre estilos de vida e saúde está amplamente estudada. Em termos teóricos, esta relação tem sido explicada sobretudo com recurso ao modelo de Grossman. Deste modo, os indivíduos fazem as escolhas, nomeadamente sobre o que consomem e sobre o tempo que dedicam à promoção da saúde, que do seu ponto de vista, melhor representam os seus interesses. A prevenção primária afigura-se cada vez mais como uma via privilegiada para obter ganhos em saúde e para garantir a própria sustentabilidade financeira dos serviços de saúde. A prevenção primária deve por isso ser fomentada, contudo, não chega informar; é necessário perceber quais são as motivações dos indivíduos e com base nelas estimular estilos de vida saudáveis. No caso particular da saúde oral, a prevenção é reconhecidamente eficaz sendo fundamental intervir na infância e adolescência. Assim, o objetivo do presente estudo é conhecer os comportamentos, atitudes e motivações de crianças e adolescentes relativamente à saúde oral. Para atingir o objetivo proposto foi criado e administrado um questionário em três escolas do distrito de Viseu, tendo sido incluídas no estudo crianças dos três ciclos do ensino básico, abrangendo idades dos 8 aos 16 anos. No total foram inquiridas 224 crianças e adolescentes, de ambos os sexos e maioritariamente residentes em zona rural. Em termos de saúde oral autoavaliada, as respostas distribuem-se essencialmente pela categoria ‘boa’ (44.2%) e ‘razoável’ (40.6%). Praticamente todos já foram alguma vez ao dentista e nos últimos 12 meses o principal motivo para o fazerem foi a prevenção, mas 48.5% recorreu ao médico dentista para tratamentos ou devido a dor de dentes. Apenas 14.8% usou serviços públicos. Os alunos consideram-se informados sobre saúde oral, no entanto uma parcela significativa (46%) ignora o efeito da ingestão de alimentos sobre a saúde oral. A escovagem dos dentes é feita diariamente por três quartos dos inquiridos e aprenderam a fazê-lo sobretudo na escola e em casa (mas 43.8% respondeu que sabia como escovar os dentes apenas ‘razoavelmente’). Os resultados obtidos estão de acordo vi com os resultados prévios da literatura, já que as raparigas apresentam melhores hábitos de higiene oral do que os rapazes. Nas motivações para a saúde oral, no geralforam todas consideradas importantes sendo de destacar o hálito fresco (que obteve a percentagem mais alta de respostas na alternativa ‘muito importante’). Pelo contrário, serem obrigados a lavar os dentes foi considerado menos importante. O acesso a guloseimas continua muito facilitado em ambiente escolar. A maior parte escolheria um pão em vez de um bolo para o lanche. Dos que responderam diferentemente, mais de metade referiu que mudaria de opinião depois de terem sido informados sobre a diferença de preços. O Plano Nacional de Saúde 2011-2016 reconhece a necessidade de reativar a promoção da saúde oral feita nas escolas. Pelos resultados aqui relatados, essas intervenções devem continuar a informar, sobretudo no que diz respeito aos procedimentos para uma correta higiene oral e o efeito dos alimentos na saúde oral. Os pais devem ser chamados a participar dada a importância dos conhecimentos adquiridos em casa. O estudo das motivações para a saúde oral deve ser aprofundado e utilizado nas mensagens a passar às crianças e adolescentes para os quais parece ser mais importante ter hálito fresco do que ser capaz de mastigar bem. Por fim, devem ser ponderadas a introdução de barreiras ao acesso a alimentos prejudiciais à saúde em ambiente escolar. Estas podem estar relacionadas com o custo monetário ou custo de oportunidade (dificultando o acesso físico).
Descrição: Dissertação de mestrado em Gestão e Economia da Saúde, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sob a orientação de Carlota Quintal.
URI: https://hdl.handle.net/10316/21502
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FEUC- Teses de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
Tese Mestrado Pedro Lopes.pdf10.59 MBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página 20

960
Visto em 23/abr/2024

Downloads 20

1.764
Visto em 23/abr/2024

Google ScholarTM

Verificar


Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.