Reabilitação Respiratória na Doença Pulmonar Intersticial

Abstract

Background: Interstitial lung diseases (ILD) comprise a heterogeneous group of over 200 conditions affecting lung tissue, leading to respiratory problems, consequently resulting in dyspnea, reduced exercise capacity and an impact on quality of life. Recognizing ILD as chronic and progressive diseases is essential. Respiratory rehabilitation (RR) is a comprehensive approach that customizes treatments, such as exercises, education, and behavioral changes, to improve the physical and psychological health of patients with chronic respiratory diseases. RR has been successful in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD), providing symptom control, autonomy in daily activities, and enhanced quality of life. In the context of ILD, RR can be a valuable intervention, although further research and adaptation are still needed to maximize its benefits.Aim: This literature review aims to determine how RR, as an adjunct to established treatment, can influence the progression of the disease in patients with ILD.Methods: For the completion of this dissertation, a literature search was conducted on the PubMed, Elsevier, Cochrane Library and Web of Science databases, using the terms “interstitial lung diseases” and “respiratory rehabilitation”, along with the Boolean operators “AND” and “OR”.Conclusion: ILD are progressive conditions that significantly impact patients' daily lives. It is crucial to consider additional therapies, such as RR, which has demonstrated benefits in other pulmonary diseases. Despite some variations in studies, there is clear evidence that RR provides advantages for patients with ILD, improving quality of life, exercise capacity, and reducing symptoms such as dyspnea, fatigue and anxiety. These benefits are comparable to those observed in chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and may even delay the deterioration of lung function. Continued research is essential to determine the optimal duration of RR programs and the most effective components for ILD. Such investigations can aid in prescribing the most suitable RR and promoting lasting improvements. It is crucial to advocate for public policies that raise awareness of these interventions and incorporate them as standard procedures in healthcare services.

Introdução: As doenças pulmonares intersticiais (DPI) são um grupo heterogéneo de mais de 200 condições que afetam o tecido pulmonar, causando problemas respiratórios, consequentemente, dispneia, redução da capacidade de exercício e impacto na qualidade de vida. Reconhecer que as DPI são doenças crónicas e progressivas é essencial. A reabilitação respiratória (RR) é uma abordagem abrangente que personaliza tratamentos, como exercícios, educação e mudanças comportamentais, para melhorar a saúde física e psicológica dos doentes com doenças respiratórias crónicas. A RR tem sido bem-sucedida em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), proporcionando o controlo de sintomas, autonomia nas atividades diárias e qualidade de vida melhorada. No contexto das DPI, a RR pode ser uma intervenção valiosa, embora ainda precise de mais pesquisa e adaptação para maximizar os seus benefícios.Objetivo: Esta revisão bibliográfica tem como objetivo determinar de que forma a RR, como um coadjuvante do tratamento já estabelecido, pode influenciar a evolução da doença nos doentes com DPI.Metodologia: Para a realização desta dissertação, procedeu-se a uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed, Elsevier, Cochrane Library e Web of Science, com os termos “instersticial lung diseases” e “respiratory rehabilitation” e os operadores booleanos “AND” e “OR”.Conclusão: Apesar de algumas variações nos estudos, há evidências claras de que a RR traz benefícios para os doentes com DPI, melhorando a qualidade de vida, a capacidade de exercício e reduzindo os sintomas como dispneia, fadiga e ansiedade. Esses benefícios assemelham-se aos observados na DPOC e podem até retardar a deterioração da função pulmonar. É fundamental continuar a pesquisar a eficácia da RR nas DPI, determinando a duração ideal dos programas e os componentes mais eficazes. Estas pesquisas podem ajudar a prescrever a RR mais adequada e promover melhorias duradouras. Torna-se crucial promover políticas públicas que conscientizem sobre estas intervenções e que as incorporem como procedimento padrão dos serviços de saúde.