Influência da Liderança no Stress e Bem-estar dos trabalhadore

Abstract

IntroductionMental health is increasingly deteriorating in our society today. One of the factors that can contribute to this can be the stress that professional activity causes. This is because a large proportion of our time is spent in the workplace. The aim of this study is to assess the relationship between workers' stress and well-being, their satisfaction with their supervisors and the roles played by their leaders.MethodsAn observational study was carried out. Data was collected by distributing questionnaires on the Google Forms® platform to companies by e-mail, after contacting their managers for convenience. The questionnaire consisted of 6 sections asking about the participants' sociobiographical data and applying the Short from Supervision Satisfaction Questionnaire (SFSSQ), the Perceived Stress Scale (PSS-10), the Job Affected Well-Being Scale (JAWS) and the Quinn Leadership Competencies Questionnaire (QCL), adapted by Parreira et al. A descriptive inferential analysis was carried out using non-parametric tests.ResultsIn a sample of 121 workers, it was found that the greater the satisfaction with supervision, the greater the well-being at work and the lower the levels of stress felt by the participants (p < 0.01). As far as the type of leadership was concerned, all the roles were significantly correlated with greater well-being (p < 0.01) and lower stress levels (p < 0.01). The monitor leader was the one most strongly associated with greater well-being at work (ρ = 0.675), and the facilitator and director leaders were the ones most strongly correlated with a lower associated stress rate in their universe of subordinates (ρ = -0.441 and ρ = -0.429, respectively).DiscussionAs far as this study is concerned, there may be some bias in the results due to the short sample and the presence of confounding factors such as the heterogeneity of people's length of service. Social desirability, voluntarism and selection bias may also have occurred. However, the results are in line with other studies which have found that workers' stress levels are different in autocratic and transformational leadership models. In order to delve even deeper into the relationship, there should be studies by sector of work and also aimed at teleworking participants.ConclusionThis study found that the types of leader most strongly associated with lower employee stress were the facilitator and the director. The monitor leader, on the other hand, was the one most strongly correlated with greater employee well-being.

IntroduçãoAtualmente, a saúde mental é algo cada vez mais degradada na nossa sociedade. Um dos fatores que pode contribuir para isso pode ser o stress que a atividade profissional causa. Isto porque, atualmente, passa-se, uma grande parte do tempo no local de trabalho. Com este estudo, pretende-se avaliar a relação existente entre o stress e bem-estar dos trabalhadores, com a satisfação que estes apresentam para com a sua supervisão e com os papéis desempenhados pelo seu líder.MétodosFoi realizado um estudo observacional. Os dados foram recolhidos através da distribuição de questionários, na plataforma Google Forms® por empresas, por e-mail, após contacto com os dirigentes das mesmas, por conveniência. O questionário era constituído por 6 secções onde se perguntavam dados sociobiográficos dos participantes, e se aplicaram a escala de satisfação com a liderança (Short from Supervision Satisfaction questionnaire – SFSSQ), a PSS-10 (Perceived Stress Scale), a JAWS (Job Affected Well-Being Scale) e o QCL (Questionário sobre as Competências de Liderança de Quinn, adaptado por Parreira et al.). Fez-se uma análise descritiva e inferencial, com testes não paramétricos.ResultadosNuma amostra de 121 trabalhadores verificou-se que, quanto maior a satisfação com a supervisão, maior o bem-estar em ambiente laboral e menores os níveis de stress sentidos pelos participantes (p < 0,01). No que toca ao tipo de liderança, o que se concluiu foi que todos os papéis se correlacionavam significativamente com maior bem-estar (p < 0.01) e menores níveis de stress (p < 0,01). O líder monitor, foi o que se associou de forma mais forte a um maior bem-estar em contexto laboral (ρ = 0,675), e os líderes facilitador e diretor foram aqueles correlacionados mais fortemente uma menor taxa de stress associada, no seu universo de subordinados (ρ = -0.441 e ρ = -0.429, respetivamente).DiscussãoQuanto a este estudo, pode haver algum enviesamento dos resultados derivado a uma amostra curta e presença de fatores confundidores como a heterogeneidade do tempo de serviço das pessoas. Pode também ter ocorrido viés de desejabilidade social, voluntarismo e de seleção. Contudo, os resultados acabam por ser concordantes com outros estudos realizados onde se verifica que os níveis de stress dos trabalhadores são diferentes em modelos de liderança autocrática e transformacional. De modo a aprofundar ainda mais a relação existente, deveria haver estudos por setor de trabalho e, ainda, direcionados a participantes em teletrabalho.ConclusãoConcluiu-se que o tipo de liderança influencia os níveis de stress e bem-estar dos trabalhadores. Quanto maior for a satisfação com o líder, mais positivo é este balanço entre stress e bem-estar. Verificou-se neste estudo que os tipos de líder mais fortemente associados a um menor stress dos trabalhadores foram o facilitador e o diretor. Já o líder monitor, foi aquele que mais fortemente se correlacionou com um maior bem-estar dos seus colaboradores.