Relatórios de Estágio e Monografia intitulada “Molecular Pharming: uma via alternativa para a produção de proteínas recombinantes de interesse farmacêutico”

Abstract

Molecular Pharming is a biotechnology technique that involves the production of biopharmaceuticals products, including high-value recombinant proteins, using genetically modified plants. Over the last three decades, this technology has been growing and advancing significantly in the vaccine market. With this approach, new vaccines have been introduced to mitigate the risks and disadvantages of conventional vaccines. Two particularly promising approaches are the use of edible vaccines and virus-like particle vaccines. These types of 48 vaccines are immunogenic preparations containing antigens expressed by transgenic plants, which have been proving their effectiveness in preventing diseases, including against the Hepatitis B virus, Human Immunodeficiency virus, Influenza virus and SARS-CoV-2 virus, through pre-clinical and clinical trials. Both offer numerous advantages when compared to traditional vaccines, particularly in terms of production cost, safety, and scalability. However, these immunizations still face complex challenges. The regulation, risks and limitations of these vacines and the ethical considerations associated with the use of transgenic plants require extra care to ensure the quality, safety, efficacy, and societal acceptance of the vaccines. However, with continuous research and development by researchers, the production of vaccines using this innovative technology presents a promising future with the potential to address and respond to public health challenges.

Molecular Pharming é uma técnica de biotecnologia que envolve a produção de produtos biofarmacêuticos, entre os quais proteínas recombinantes de alto valor, utilizando plantas geneticamente modificadas. Nas últimas três décadas, esta tecnologia tem vindo a crescer e a avançar drasticamente no mercado das vacinas. Com este posicionamento, novas vacinas foram introduzidas para obviar os riscos e desvantagens das vacinas convencionais. Duas abordagens mais promissoras são o uso de vacinas comestíveis e vacinas de partículas semelhantes a vírus. Estes tipos de vacinas são preparações imunogénicas que contêm antigénios expressos por plantas transgénicas, que têm vindo a provar a sua eficácia na prevenção de doenças, inclusive contra o vírus da Hepatite B, vírus da Imunodeficiência Humana, vírus Influenza e vírus SARS-CoV-2, através de ensaios pré-clínicos e clínicos. Ambas oferecem numerosas vantagens quando comparadas com as vacinas tradicionais, principalmente no que concerne ao seu custo de produção, segurança e escalabilidade. Contudo, estes imunizantes ainda enfrentam desafios complexos. A regulamentação, os riscos e limitações destas vacinas e as considerações éticas associadas ao uso de plantas transgénicas exigem um cuidado redobrado para garantir a qualidade, segurança, eficácia e aceitação das vacinas pela sociedade. No entanto, com pesquisa e desenvolvimento contínuo pelos investigadores, a produção de vacinas utilizando esta tecnologia inovadora apresenta um futuro promissor com potencial para enfrentar e responder a desafios de saúde pública.