Autopercepções no Domínio Físico, Autoestima, Identidade Atlética e Bem-estar Subjectivo: Estudo Exploratório em Atletas com Deficiência

Abstract

Objectivo do estudo: averiguar de que forma a actividade física influencia a pessoa com deficiência e como é que o atleta cria a sua própria identidade A amostra foi composta por 37 indivíduos com idades compreendidas entre os 15 e os 53 anos de idade, sendo todos eles portadores de deficiência. A média foi de 27.19 anos e o desvio padrão de ± 8,075. Os instrumentos de medida utilizados foram: Questionário de natureza biossocial, perfil das Autopercepções Físicas: PSPPp, bateria de Testes do bem estar subjectivo, escala de Satisfação com a vida no geral (Satisfaction With Life Scale), escala de Satisfação com a Vida no momento (Self Anchoring Rating Scale), escala de Percepção face ao Stress (Perceived Stress Scale, escala de Auto – Estima de Rosenberg, escala de Medida da Identidade Atlética (AIMS). (Rosemberg, 1965) Podemos assim concluir, comparando os géneros, que a identidade atlética e a auto estima é mais elevada no sexo feminino e que a prática desportiva influencia na identidade atlética. Relativamente à deficiência, os deficientes motores apresentam uma maior satisfação com a vida no geral e os deficientes auditivos uma melhor percepção face ao stress. Já os deficientes auditivos apresentam uma autoestima mais elevada relativamente aos outros tipos de deficiência. Concluímos, também, que a identidade atlética é tanto maior quanto maior for o número de treinos semanais e que na deficiência, relativamente ao mesmo parâmetro, em os atletas com deficiência intelectual tem valores superiores.